sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Tese de jornalista paraense recebe o primeiro lugar no Prêmio Intercom

Trabalho já havia sido reconhecido como uma das melhores teses na área de Comunicação e Política no país
A professora Danila Cal, orientadora da jornalista e pesquisadora Lorena Esteves

A primeira tese defendida no Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia, da Universidade Federal do Pará (UFPA), de autoria de Lorena Esteves, com orientação da professora Danila Cal, acaba de receber mais um prêmio nacional. Desta vez, conquistou o primeiro lugar na categoria tese do Prêmio Intercom 2023, da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. Essa premiação tem como objetivo reconhecer o trabalho de pesquisadores e programas de pós-graduação em Comunicação no país. Em maio, o trabalho já havia recebido menção honrosa no Prêmio Compolítica de Teses 2023, da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política (Compolítica).

Link para acessar o texto completo da tese

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Intitulada “Ativismo de mulheres indígenas em ambientes digitais: diálogos sobre (de)colonialidades e resistências comunicativas”, a tese discute o ativismo digital de mulheres indígenas que estão na linha de frente do Movimento Indígena Brasileiro, protagonizando a luta coletiva contra opressões interseccionais que atravessam seus corpos-territórios. Sobre a premiação, Lorena afirma que “é com grande honra que recebo e trago esse reconhecimento para a Amazônia. Dedico esse prêmio a todas as mulheres indígenas que resistem em defesa de seus corpos-territórios e lutam pela manutenção da vida no planeta”.

A orientadora do trabalho, professora Danila Cal, destaca a emoção pela conquista: “estamos muito felizes. Esse trabalho é fruto de muita dedicação e também de muita responsabilidade com os compromissos éticos, sociais e acadêmicos da pesquisa. A tese da Lorena apresenta uma contribuição significativa para o debate sobre a relação entre comunicação e feminismos decoloniais. Além disso, adota uma abordagem metodológica não-convencional, buscando construir significados e análises em estreita interação com mulheres indígenas”.

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Ainda na ocasião da primeira premiação, a Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPA, professora Iracilda Sampaio, destacou “É com grande orgulho que a UFPA recebe esse prêmio para um trabalho produzido no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia. Isto mostra maturidade científica do grupo e sensibilidade ao trazer para o debate o ativismo de mulheres indígenas. É sempre muito importante discutir o ativismo das mulheres, mas este trabalho é especial em um momento em que os povos originários do Brasil se encontram sob ataque e pouco visibilizados nas políticas do estado brasileiro. É importante, portanto, que essa temática seja trazida para o ambiente da ciência da Comunicação, para que o tema receba mais atenção do meio acadêmico e político.”

A tese da Lorena foi desenvolvida no âmbito do Projeto Ecoaras: Comunicação, Democracia e Modos de (R)Existência de Mulheres na Amazônia (UFPA/CNPq), coordenado pelo Grupo de Pesquisa Comunicação, Política e Amazônia – Compoa (PPGCOM-UFPA), com financiamento do CNPq. Para construção da pesquisa, a autora também contou também com a parceria do Observatório de Comunicação, Culturas e Resistências na Pan-Amazônia (PPGCOM-UFPA).

A cerimônia oficial para entrega da premiação da Intercom ocorrerá no dia 06 de setembro, às 19h30, na PUC Minas, em Belo Horizonte (MG), durante a realização do 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.

 


(Da Redação do Fato Regional)

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