Uma operação integrada entre as polícias civis do Pará e do Maranhão resultou na prisão do “Don Juan do Crime”. O homem, de 36 anos, é investigado por estelionato, estupro de vulnerável, uso de documento falso e roubo de veículos. Ele é conhecido por aplicar o chamado “Golpe do Amor”, na qual tenta conquistar as vítimas e então as submete a violências diversas. Num dos crimes, chegou a usar a própria mãe.
Pelas investigações, iniciadas há quatro meses, ele cometeu crimes no Pará, no Maranhão e na Bahia. Porém, outras vítimas ainda podem ser descobertas em outros estados brasileiros. Há pelo menos uma centena de denúncias de crimes semelhantes ao modus operandi do “Don Juan” espalhadas em todo o país.
“Durante as investigações, foi observado que existia denúncia de vítimas em vários estados do Brasil pelos mesmos crimes e ainda roubo de veículos. O preso se mostrava bem-sucedido profissionalmente, interessado em um relacionamento sério, romântico e carinhoso, tudo para ganhar confiança da vítima. Após ganhar a confiança delas, ele furtava cartões e fazia transferências bancárias. Em alguns casos o suspeito dopava as vítimas e mantinha relações sexuais, nesse momento aproveitava para produzir conteúdo íntimo e extorquia as vítimas quando a estratégia anterior fracassava”, detalhou Walter Resende, delegado-geral da PCPA.
“Don Juan” foi preso, na segunda-feira (7), após ser encontrado em uma residência na cidade de Vila Nova dos Martírios (MA). A operação foi da Polícia Civil do Pará, com apoio das equipes de inteligência da Polícia Militar do Maranhão. Em 2021, ele já havia sido preso na Bahia por uso de carteira nacional de habilitação falsa.
“O suspeito, reiteradamente, comete crimes de estelionato utilizando das vulnerabilidades de mulheres envolvidas emocionalmente. Ele age há anos em diversas cidades do país. Para cada vítima, todas mulheres, o criminoso se apresentava com um codinome diferente, mas o golpe sempre foi o mesmo. Após ganhar a confiança das mulheres, em alguns casos, ele pedia o carro das vítimas emprestado e vendia o veículo com um valor muito abaixo do mercado. O estelionatário chegou a usar a própria mãe como desculpa para conseguir enganar mais uma vítima”, contou a delegada Ariane Melo.
Apesar da curiosidade que muitas pessoas possam ter sobre quem é o “Don Juan do Crime”, o rosto dele não pode ser divulgado porque ele é investigado num caso de estupro de vulnerável. Mostrar o rosto dele poderia levar à identificação da vítima e submetê-la a constrangimento e traumas. E ainda, a ocultação da imagem obedece à lei contra abusos de autoridade.
(Da Redação do Fato Regional)
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