O processo de desintrusão da Terra Indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu, no sul do Pará, está sendo retomado nesta segunda-feira (2). A ação deveria ter começado no dia 28 de setembro, mas a operação foi adiada. Foram mobilizados cerca de 300 servidores, de 15 órgãos diferentes, incluindo a Força Nacional de Segurança Pública e Polícia Federal, usando viaturas e helicópteros. Não há previsão de quanto tempo a operação deve durar. Na mesma ação, haverá a desinstrusão da Trincheira-Bacajá, em Altamira, no limite com SFX.
Levantamentos de associações de produtores rurais e o Governo federal apontam que na TI Apyterewa vivam mais de 2 mil famílias. Dados da entidade Terras Indígenas no Brasil — colhidos no sistema nesta segunda-feira (2) — mostram que lá vivem 729 indígenas da etnia Parakanã (informações de 2020). Palco histórico de conflitos, o território já chegou a ter 1 milhão de hectares. Atualmente, são 777.435,48 hectares. Ocupantes da área questionam a demarcação que está com processo quase concluído.
No dia 21 de setembro, a desintrusão foi tornada pública após decisão do juiz federal substituto de Marabá, Halisson Costa Glória. O magistrado retirou o segredo judicial do processo e revelou a data da operação, como revelou reportagem da Agência Pública. A Redação do Fato Regional tenta contato com o Governo Federal para buscar mais informações acerca da operação, que também pode contar com apoio do Exército. Os produtores foram comunicados de que poderiam sair de forma voluntária com apoio do poder público.
(Da Redação do Fato Regional)
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