sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Centaurus faz audiência pública em São Félix do Xingu sobre exploração de níquel; projeto prevê até 10 mil empregos e investimento de R$ 2,5 bilhões

Se aprovado o projeto Jaguar, a mineradora terá 2 anos e meio de obras para construção da planta e 20 anos de operação explorando o níquel e produzindo o o sulfato de níquel, material que compõe baterias e diversos outros produtos
Membros do poder público e representantes da Centaurus Níquel participaram da audiência sobre o projeto Jaguar em São Félix do Xingu (Foto: Wesley Costa / Fato Regional)

A mineradora Centaurus promoveu uma audiência pública em São Félix do Xingu, no sul do Pará, para apresentar o projeto Jaguar. Trata-se de uma operação de exploração de níquel e produção do sulfato de níquel, componente de baterias e diversos outros produtos. O encontro que reuniu a população xinguense, Prefeitura, Governo do Pará e Câmara Municipal é parte obrigatória do processo de licenciamento do empreendimento. Caso aprovado, estão previstos até 10 mil empregos diretos e indiretos na região e investimento de R$ 2,5 bilhões.

Bruno Scarpelli, diretor executivo da Centaurus Níquel, explicou que o projeto Jaguar prevê um investimento inicial de R$ 1,5 bilhão para as obras da planta. E depois mais R$ 1 bilhão para o primeiro ano de operação. Somente na construção, que deve levar 2 anos e meio, está prevista uma média de 2,1 mil empregos. A partir do começo da operação serão 1,2 mil empregos. No entanto, ele ressalta que cada emprego direto gera em torno de 10 indiretos. Logo, até 10 mil empregos podem ser gerados entre São Félix do Xingu, Tucumã e Ourilândia do Norte.

Bruno Scarpelli, diretor da Centaurus Níquel, garante que o projeto trará um novo perfil para a economia de São Félix do Xingu, Tucumã e Ourilândia do Norte (Foto: Wesley Costa / Fato Regional)

 

“Certamente é um projeto que vai mudar a história de São Félix do Xingu, que vai migrar de uma economia essencialmente da agropecuária para começar um perfil de uma mineração que agrega valor através de uma indústria tecnológica e alinha com um futuro sustentável do planeta. Vamos produzir aqui o sulfato de níquel e esta audiência marca a data do primeiro momento do licenciamento prévio. A próxima etapa será a licença de operação que nos permitirá atuar por 20 anos na região”, detalhou Bruno Scarpelli, da Centaurus.

O prefeito de SFX, João Cleber, reforça a importância de uma audiência para que a mineradora firme compromissos de compensações e condicionantes para operação no município, que será impactado (Foto: Wesley Costa / Fato Regional)

 

O prefeito de São Félix do Xingu, João Cleber (MDB), reforçou a importância do encontro entre a empresa, o poder público e a comunidade para garantir que o projeto seja benéfico para todos. “Temos aqui representantes da Semas, da Sedeme, vereadores e a população para falar sobre o futuro da exploração de níquel. Muito importante que possamos ter essa discussão para evitar erros como o que ocorreu no passado com a Vale, que mantém 73% da operação da Onça Puma em nossa cidade e nunca deu retornos o suficiente”, analisou.

O secretário municipal de Meio Ambiente de SFX, Sérgio Benedetti, reforça a importância de que que o legado da Centaurus para o município seja positivo e garantido (Foto: Wesley Costa / Fato Regional)

 

“Finalizamos a audiência pública sobre o projeto Jaguar, um momento importante com presença do prefeito João Cleber, vereadores e população, no qual pudemos ver o relatório de impacto ambiental, perguntar e tirar dúvidas, evitando os erros do passado e que o projeto seja aprovado sem que a Centaurus deixe um legado para São Félix do Xingu”, comentou o secretário municipal de Meio Ambiente, Sérgio Benedetti.

Antônio Sousa, da assoc8iação de moradores do distrito de Ladeira Vermelha, considera o projeto positivo, mas defende que as compensações sejam feitas antes de os impactos ocorrerem (Foto: Wesley Costa / Fato Regional)

 

Entre os representantes da população, estavam na audiência Antônio Sousa, presidente da Associação de Moradores do Distrito de Ladeira Vermelha. “O projeto em si é muito bom e vai trazer futuro e empregos. Mas precisamos sempre ver prós e contras, pois haverá degradação do meio ambiente. Vamos buscar formas de que o projeto não afete nossas vidas e agregue coisas positivas ao nosso distrito, com compensações antes de os impactos ocorrerem”, disse.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional. Matéria exclusiva e com reprodução somente mediante autorização)


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