quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Deputado Bordalo cobra informações sobre licença para a Horizonte Minerals explorar níquel em Conceição do Araguaia

Para o deputado, a mineração é um segmento que sempre deve ser visto com muita cautela devido aos impactos socioambientais. O projeto em Conceição do Araguaia foi paralisado por quatro meses.
O projeto Araguaia Níquel, em Conceição do Araguaia, está em atraso e foi paralisado por quatro meses para recomposição de caixa do projeto (Foto: Horizonte Minerals)

O deputado estadual Carlos Bordalo (PT) cobrou do Governo do Pará informações sobre o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), o relatório de Impacto Ambiental (RIMA) e ainda o de Impactos Sociais que fundamentaram a concessão da Licença Prévia (LP) à mineradora Horizonte Minerals. A empresa está em fase de implantação do projeto Araguaia Níquel, no município de Conceição do Araguaia, no sul do estado.

A autorização emitida pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (Semas) permite à empresa lavrar, armazenar e classificar níquel, otimizando a consistência do minério que vai alimentar a planta industrial. Este é o processo indicado para mitigar riscos durante o comissionamento. No planejamento está previsto que, ao longo dos próximos seis meses, os estoques serão formados, com minério suficiente para alimentar a planta nos seis meses seguintes.

Localizada a 750 metros da planta de processamento, a Cava do Pequizeiro será a principal fonte de minério para o projeto Araguaia Níquel, abastecendo os dois primeiros anos de vida da mina e contribuindo com mais de 50% da produção nos primeiros dez anos. A preocupação de deputado Bordalo ao pedir informações à Semas são prejuízos socioambientais relacionados à mineração. Intoxicações por níquel podem causar cânceres de pulmão e de cavidades nasais, lesões dermatológicas, alérgicas e outros problemas de saúde.

O deputado Carlos Bordalo quer reavaliar a documentação e estudos da licença prévia de operação da Horizonte Minerals em Conceição do Araguaia (Foto: Celso Lobo / Alepa)

“O que presenciamos são a poluição dos rios e do solo, além da perda da biodiversidade, tanto na flora como na fauna, além dos prejuízos irreparáveis as comunidades que vivem no entorno desses grandes projetos. Por isso é necessário, antes de qualquer implementação da atividade mineradora, avaliar com rigor e cautela sobre os impactos negativos que podem incidir sobre o meio ambiente e as pessoas”, justificou Bordalo.

Neste mês, a Horizonte Minerals anunciou uma paralisação das obras para reavaliação do caixa do projeto Araguaia Níquel. O momento é oportuno para a reavaliação de todos os estudos e documentação do projeto. A empresa informou que as obras serão retomadas em breve e descartou qualquer problema relacionado a relacionamento com o Governo Federal, conforme notícias falsas apontavam estar ocorrendo e, supostamente motivando a saída da mineradora do Brasil.

(Da Redação do Fato Regional, com informações da Alepa)


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