A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) interrompeu um foco de desmatamento dentro da área de preservação ambiental (APA) Triunfo do Xingu, em São Félix do Xingu, no sul do Pará. A ação foi no contexto da operação Curupira, de combate ao desmatamento. A investigação aponta que o proprietário da fazenda Ouro Verde, conhecido como “Geraldinho”, que foi preso em 2022 por crimes ambientais, é suspeito de ser o responsável pelo atos que impedem a recuperação da floresta.
Com o auxílio de imagens de satélite, a equipe da Semas detectou o foco de desmatamento na fazenda e assim pôde apreender ferramentas e destruir maquinários, durante uma nova ação da operação Curupira, nesta quarta-feira (7). Foram identificadas 3 mil cabeças de gado e uma grande quantidade de estacas para construção de cercas. Houve aplicação de autos de infração por descumprimento de embargo e impedimento da regeneração vegetal da área.
A Polícia Civil intimou “Geraldinho”, da fazenda Ouro Verde, a prestar esclarecimentos sobre a a possível ligação com o caso investigado na operação da Semas desta quarta. Foi registrado um boletim de ocorrência e um inquérito foi instaurado. As investigações estão em curso.
“Detectamos por meio de análise indícios de que a área embargada e destinada para restauração florestal, estava com atividades de implantação de pasto. Detectamos o fato acontecendo e há indícios da participação do Geraldinho, o que agora será investigado pela Polícia Civil. Mas é importante destacar que este é mais um exemplo de que as ações do estado, com inteligência e de forma coordenada, vem conseguindo coibir práticas criminosas como esta, prezando pela proteção das nossas florestas”, explicou Tobias Brancher, diretor de Fiscalização Ambiental da Semas.
O Governo do Pará deve lançar, ainda neste ano, um edital de concessão para recuperação da vegetação nativa à APA Triunfo do Xingu, que possui uma área de 10 mil hectares. A iniciativa, que integra as ações previstas no Plano de Recuperação da Vegetação Nativa do Estado (PRVN), vai permitir a exploração de ativos como créditos de carbono oriundos do reflorestamento e contribuirá para o alcance da meta de recuperar 5,6 milhões de hectares.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Pará)
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