O filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Bolsonaro, virou réu pelos crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e uso de documento falso. Esse foi o resultado da operação “Nexum”, deflagrada em agosto de 2023, para investigar empresas suspeitas de serem “laranjas”. Outro alvo da operação foi o instrutor de tiro de Renan, Maciel Carvalho, que já foi alvo de duas ações da PCDF e foi preso em janeiro do ano passado.
A notícia chega pouco depois da filiação de Jair Renan Bolsonaro ao PL. Ele anunciou a pré-candidatura ao cargo de vereador pelo município de Balneário Camboriú (SC). Ironicamente, em vídeo, ele disse que trocou o Rio de Janeiro, reduto eleitoral da família Bolsonaro, por Santa Catarina por causa do “povo honesto”. “Sabe por que eles falam tão mal de Santa Catarina? Porque somos um povo trabalhador, honesto, por isso que eu saí do Rio de Janeiro e vim pra cá, essa cidade aqui, todo esse estado é maravilhoso”, disse.
Após concluir o inquérito policial, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou Jair Renan e Maciel pelos crimes investigados. O relatório final da investigação foi encaminhado ao Poder Judiciário no dia 8 de fevereiro e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ofereceu denúncia. O caso segue em sigilo e com poucos detalhes informados. A princípio, não há pedido de prisão, mas ele pode ser preso se condenado.
Pelas investigações, Jair Renan é suspeito de fraudar documentos pra fazerem empréstimos. Ele teria falsificado os relatórios de faturamento da empresa dele, a RB Eventos e Mídia, para pegar um empréstimo de R$ 157 mil em 2022. Depois fez mais dois empréstimos de R$ 251 mil e R$ 291 mil em 2023. No entanto, deu calote no banco.
“Os investigados forjam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, utilizando-se de dados de contadores sem o consentimento destes, inserindo declarações falsas, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, bem como mantêm movimentações financeiras suspeitas entre si, com o possível envio de valores para o exterior”, diz nota da PCDF
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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