Mesmo sendo um estado líder na produção de vários alimentos, o Pará tem 20,3% da população em insegurança alimentar moderada ou grave. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicados neste ano e com informações referentes ao ano de 2023. O número de pessoas passando fome caiu bastante desde a última pesquisa (2017-2018), mas ainda é o pior índice do país.
Às vésperas da COP 30, o Governo do Pará anuncia que assina, nesta terça-feira (18), um acordo de cooperação técnica junto ao Instituto “Pacto Contra a Fome”, com o objetivo de desenvolver ações para o fortalecimento do combate à fome e a insegurança alimentar e nutricional no estado. E assim, retirar o estado do mapa da fome, seguindo a tendência dos esforços do Governo Federal.
Em 2022, o Brasil tinha 33 milhões de pessoas no mapa da fome, como informa o Governo Federal, com base em dados do IBGE. Com o avanço de programas sociais — tão criticados por uma parcela da sociedade que desconhece ou esqueceu o que é viver em insegurança alimentar —, em 2023, esse número caiu para 20 milhões. Ou seja, 13 milhões de pessoas voltaram a se alimentar. A expectativa é de uma nova melhora até o final de 2024.
O acordo do Governo do Estado será celebrado na Escola de Governança Pública do Pará e prevê a união de esforços por meio da articulação e apoio técnico na implementação efetiva do Sistema Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, além da construção de uma agenda que paute a segurança alimentar e os sistemas alimentares durante a COP 30. As mudanças climáticas podem impactar, diretamente, o acesso a alimentos.
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), participará da cerimônia junto a representantes do Instituto “Pacto Contra a Fome”; do titular da Seaster, Inocencio Gasparim; de gestores municipais; e membros do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Conseans).
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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