Uma manifestação de indígenas de 3 aldeias da comunidade Gavião Parkatejê interrompeu a circulação do trem de passageiros da Vale, em Bom Jesus do Tocantins, no sudeste do Pará. O ato, da comunidade que faz parte da Terra Indígena Mãe Maria, foi iniciado nesta quinta-feira (25), às margens da Estrada de Ferro Carajás (EFC). A mineradora informou ter obtido uma liminar judicial para a desobstrução da ferrovia.
A pauta de reivindicações dos manifestantes ainda não está explicada e o Fato Regional busca compreender as motivações do protesto. Por nota, a Vale informa ter compromissos de relacionamento com as aldeias da TI Mãe Maria, por onde a EFC passa, e garante que todos as obrigações assumidas com a comunidade estão em dia. A locomotiva transporta cerca de 1,8 mil passageiros e combustível usado nas regiões sul e sudeste do Pará.
“A Estrada de Ferro Carajás foi novamente interditada por indígenas integrantes de três aldeias da Comunidade Gavião Parkatejê, da Terra Indígena Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins (PA). Na quarta-feira, a ferrovia já havia sido bloqueada por um período pelo grupo de indígenas no mesmo trecho. Este bloqueio está impedindo a circulação diária de 1.800 pessoas que utilizam o Trem de Passageiros na alta temporada e, também, a movimentação de cargas, incluindo o combustível que abastece o sul e sudeste do Pará”, informou a Vale, por nota.
Ainda na nota, a Vale garante que “…continua dialogando com os ocupantes da linha férrea, a fim de restabelecer a operação e a retomada do Trem de Passageiros. Informações relacionadas a reembolso ou remarcação de passagem podem ser obtidas no Alô Vale (0800-285-7000). A Vale lamenta os transtornos e continuará informando sobre este assunto por meio de seus canais oficiais”.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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