O Pará tem o segundo maior rebanho bovino do Brasil, com 25 milhões de cabeças de gado, e é o maior exportador de boi vivo do país. E está prestes a tomar uma decisão importante: a retirada da vacinação contra a febre aftosa. Nesta terça-feira (5), a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) promoveu um fórum para discutir os impactos, responsabilidades e benefícios de encerrar a imunização. A última vacinação está prevista para abril de 2024.
A proposta é que assim como Santa Catarina — estado com rebanho de 4 milhões de cabeças de gado —, o Pará receba do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) o status de zona livre da aftosa sem vacinação. Após a vacinação final em abril de 2024, será feito um estudo sorológico para garantir que esse primeiro passo seja dado. A Adepará, no entanto, não vai deixar de fiscalizar, mas vai contar com os produtores para notificação de casos suspeitos.
Um dos principais benefícios com a retirada da vacina é a abertura de novos mercados para a exportação de gado e subprodutos, como Japão, União Europeia e Canadá. Essas praças não só representam novos clientes; são mercados que, segundo a Adepará, tendem a remunerar melhor pelos produtos, o que vai gerar emprego e renda e impulsionar a economia.
“Esta é mais uma etapa que avançamos para a retirada da vacina, prevista para 2024, e a partir de então, o estado se tornará uma zona livre sem vacina. Isso irá reduzir os custos com a vacinação do produtor rural e também vai possibilitar a abertura de novos mercados que são mais exigentes, proporcionando a abertura de mais empregos, geração de renda para a produção pecuária local”, comentou o diretor geral da Adepará, Jamir Macedo.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Pará)
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