sábado, 7 de dezembro de 2024

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Após ventania e falta de energia, Vale suspende operações de Onça Puma em Ourilândia do Norte

A usina de níquel, temporariamente, não tem data definida para retorno, já que a Equatorial Pará informou à Vale que só deve restabelecer o fornecimento de energia no dia 15 de outubro e isso é uma previsão. Não houve acidentes ou riscos aos funcionários e ativos da empresa na região de atuação de Onça Puma.
A usina Onça Puma, em Ourilândia do Norte, no sul do Pará, especializada na produção de níquel e que emprega mais de 1,9 mil trabalhadores diretamente na exploração de uma das maiores reservas de níquel (Foto: Wesley Costa / Fato Regional / Arquivo)

Nota da edição: esta matéria foi atualizada nesta sexta (11), após a Equatorial Pará trazer mais explicações a respeito da linha de transmissão que atende a usina de Onça Puma, que é operada pela Transmissora Visus.

As ventanias e tempestades que atingiram a região Sul do Pará e deixaram um rastro de estragos em municípios da área da PA-279 afetaram as operações da usina de níquel Onça Puma, que tem sede em Ourilândia do Norte. O último incidente climático ocorreu no dia 5 de outubro e danificou a rede de transmissão de energia elétrica. Por isso, a Vale informou que, temporariamente, suspendeu as operações na planta.

“A Vale informa interrupção temporária da operação na usina de níquel de Onça Puma, em Ourilândia do Norte, Pará. A paralisação ocorre devido a danos na rede de transmissão de energia da companhia elétrica local após forte vendaval em 05 de outubro. Não houve registro de incidentes quanto à segurança dos empregados, das comunidades vizinhas ou dos ativos da Vale no local”, diz nota da mineradora.

Ainda segundo a Vale, o restabelecimento da rede de transmissão de energia elétrica, conforme informação da Equatorial Pará, deve ocorrer no dia 15 de outubro. No entanto, esta é uma previsão. “De forma preliminar, a Vale estima um impacto de 1,5 a 2,0 kt na produção de níquel no 4T24, que não implica mudança no guidance fornecido pela empresa para 2024, de 153-168 kt”, segue a nota.

Por fim, a Vale informou que a companhia “…seguirá avaliando os impactos da paralisação na produção de níquel de Onça Puma e as medidas necessárias para a retomada dos processos operacionais afetados. A Vale manterá o mercado informado sobre desdobramentos materiais na operação de Onça Puma”.

O que diz a Equatorial Pará sobre o caso:

Por nota, a Equatorial Pará informou que “…a usina de níquel de Onça Puma, em Ourilândia do Norte, operada pela mineradora Vale é atendida pela Rede Básica em tensão 230 kV, a partir da Linha de Transmissão de responsabilidade da empresa Transmissora Visus, a qual está inoperante em virtude dos fortes ventos que provocaram a queda de torres componentes da referida linha de transmissão no último sábado, 05 de outubro. E diferentemente do que dá a entender o que foi noticiado, a linha de transmissão não é um ativo de responsabilidade da Equatorial Energia Pará, cabendo, portanto, à empresa Visus sua operação e manutenção”.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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