sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Aumento do piso do frete pode afetar consumidores do Pará

Presidente da Associação de Supermercados disse que alta será repassada.

Nesta semana, foi publicada pela Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) uma atualização da tabela com os pisos mínimos de frete. Conforme disposto na Lei 13.703/2018, os preços devem ser reajustados sempre que o valor do óleo diesel tiver oscilação superior a 10%. Como a variação do produto foi de 10,69% desde a última tabela, publicada em janeiro, portanto, o reajuste médio do frete estabelecido pela agência foi de 4,13%. A mudança é um dos pontos do acordo firmado entre o governo e os caminhoneiros.

Segundo o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam), Eurico Tadeu, os valores antigos já estavam defasados, especialmente por conta dos aumentos no preço do diesel – no último dia 17, a Petrobras anunciou alta de 4,8% no preço do diesel nas refinarias. “Será uma mudança que já estava prevista em lei, mas não estava sendo cumprida. O reajuste é muito bom para a categoria. Quem dirige mais, por mais quilômetros e mais tempo, também ganha mais. Mas não será positivo só para o setor, também para a sociedade. Como alguns estados ainda não pagavam o piso mínimo, havia muita sonegação de imposto. O cumprimento da tabela garante mais transparência”, explicou ele.

Eurico ainda adiantou que as próximas reivindicações da categoria são sobre o ponto de parada para descanso e a fiscalização para o cumprimento do que já foi estabelecido sobre o piso mínimo do frete. “Até o dia 1º de maio deve ser publicado o convênio do governo federal com a ANTT para fiscalizar o cumprimento desses preços de frete. Com essa parceria, resolveremos essa questão de algumas empresas cumprirem as regras e outras não. Será a mesma coisa para todos”, disse.

Supermercados


O reajuste do frete para os caminhoneiros também atinge a população de outras formas: no bolso. De acordo com o presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), Jorge Portugal, o repasse no preço dos alimentos deve ser na margem de 0,2%. “Infelizmente terá impacto para os consumidores. Qualquer aumento, seja de custo, frete, energia, salário, atinge a população, então teremos que repassar. Da mesma forma, se houver qualquer queda também reduzimos os preços. Mas o frete é apenas um dos componentes, então será uma alta pequena, e ainda não há previsão do repasse. Agora que foi autorizado, a medida ainda deve levar um tempo para ser seguida. Só repassaremos quando os produtos de outras regiões começarem a chegar aqui no Estado”, adiantou o especialista.

 

 

Fonte: OLIBERAL.COM