segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Brumadinho: 99 mortes confirmadas, 57 corpos identificados e 259 desaparecidos

Nova equipe de militares é enviada para Brumadinhos, em Minas Gerais — Foto: Fabrício Christ/ TV Gazeta

Equipes de resgate realizam nesta quinta-feira (31) o 7º dia de buscas após o rompimento de uma barragem da mineradora Vale em Brumadinho, Minas Gerais. Até o momento, há confirmação de 99 mortos; 57 foram identificados. Autoridades confirmaram também que há 259 desaparecidos e 393 localizados.

A área das bombas de captação no Rio Paraopeba em Pará de Minas será isolada até o fim da manhã desta quinta. Uma parte da estrutura das barreiras que irão conter os rejeitos da barragem de Brumadinho está montada e a previsão é que a instalação ocorra no período da tarde, segundo a Vale. O equipamento chamado de “cortina antiturbidez” é formado por boias cilíndricas que formam uma barreira de contenção do avanço dos elementos na água, além de correntes metálicas que mantêm a estrutura suspensa.

Estrutura começou a ser montada no Rio Paraopeba, em Pará de Minas – (Foto: TV Integração/Reprodução)

Água apresenta riscos à saúde humana e animal

Após os resultados iniciais do monitoramento do Rio Paraopeba, o governo de Minas desaconselhou o uso da água do leito sem tratamento para qualquer finalidade, até que a situação seja normalizada.

Em nota conjunta publicada na quinta-feira (30), as secretarias de Saúde (SES-MG), de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) disseram que a água do rio apresenta riscos à saúde humana e animal.

O informativo do governo não detalha os riscos que a água pode causar e veio acompanhado de um relatório que demonstra alteração nos níveis da turbidez da água e de alguns metais como alumínio, cádmio, cromo, chumbo, boro, vanádio, bário e níquel.

De acordo com o assessor especial da Secretaria de Estado de Saúde, Bernardo Ramos, a medida é preventiva devido à detecção do aumento do nível de substâncias na água após a tragédia. Ele informa que, até o momento, não foram registrados nenhum atendimento específico em postos e saúde ou hospitais da região atingida.

A indicação da Secretaria de Saúde – caso alguém tenha contato com a água não tratada do Rio Paraopeba ou ingerido alimentos que também tiveram esse contato, e apresentar náuseas, vômitos, coceira, diarreia, tonteira, ou outros sintomas – é que se procure a unidade de saúde mais próxima para informar sobre esse contato.

As secretarias também informaram que o contato eventual com a água não causa risco de vida, mas deve ser respeitada uma área de 100 metros das margens. Para os bombeiros, que trabalham diretamente com o solo, a nota indica o uso constante de equipamentos de segurança.

Bombeiros usam máscaras durante o trabalho de resgate das vítimas — Foto: Reprodução/TV Globo

 


Para que não haja falta d’água, o governo suspendeu a necessidade de outorga para perfuração de poços artesianos. Também foi determinado que a Vale forneça água potável para comunidades atingidas. Funcionários da Seapa já estão percorrendo as cerca de 20 cidades para orientar a não utilização da água do rio.

Finalmente, a nota ressalta que a orientação é válida no trecho entre o Rio Paraopeba com o Córrego Ferro-Carvão até Pará de Minas. Em Pará de Minas há um outro rio usado para abastecimento da cidade.

Rio Paraopeba em Pará de Minas está sob monitoramento devido à previsão de chegada da lama de rejeitos originada da barragem de Brumadinho — Foto: Reprodução/TV Integração

Fonte: G1