Clóvis César Reis Bueno, delegado de Polícia Civil de Santana do Araguaia, no sul do Pará, foi preso em flagrante no Tocantins. Ele é suspeito de ter cobrado R$ 15 mil em propina para liberar o caminhão de um empresário de Palmas (TO), que teve a carga apreendida em solo paraense. O agente já é investigado por um crime semelhante em Ourilândia do Norte e na própria cidade onde era lotado. Com o policial, foram apreendidas armas e dinheiro em espécie.
Na segunda-feira (6), a vítima foi à Polícia Civil para registrar a ocorrência da cobrança indevida feita pelo delegado. Os policiais então montaram uma operação, com apoio da Polícia Militar do Tocantins, para tentar flagrar a negociação irregular. Um encontro foi marcado entre o empresário e o delegado Clóvis. De fato, o delegado compareceu e recebeu uma quantia de R$ 7,5 mil. O que ele não sabia é que tudo estava sendo monitorado e gravado.
“Após a negociação, que foi gravada pela vítima, o autor recebeu o valor de R$ 7,5 mil em espécie. Assim que recebeu o dinheiro, o autor contratou um serviço de motorista particular para levá-lo até à balsa em Caseara. No trajeto, com apoio da Polícia Militar, o veículo onde o autor estava foi interceptado”, informou a diretora de Inteligência da PC-TO, delegada Luciana Midlej.
Após receber o dinheiro, como informou a PCTO, Clóvis deixou o local da negociação com um motorista particular e foi até a balsa na cidade de Caseara. Foi quando os policiais civis e militares interceptaram o veículo e deram voz de prisão em flagrante ao delegado pelo crime de concussão. Trata-se de um crime de agentes públicos, que se valem da própria função para obter vantagens indevidas. Pelo Código Penal, ele pode ficar preso por até 8 anos. Ele está detido em Paraíso do Tocantins.
Com o delegado Clóvis foram encontrados R$ 8,670,00 em espécie, além de duas armas, sendo uma da Polícia Civil do Pará e outra particular. Havia várias munições de diferentes calibres.
Por nota, a Polícia Civil do Pará informou que “…não compactua com desvios de conduta de qualquer agente e que a Corregedoria do órgão acompanha a investigação realizada pela Polícia Civil do Tocantins. O delegado está afastado das funções”.
(Da Redação do Fato Regional)
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