sexta-feira, 26 de julho de 2024

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Deputado Eder Mauro é alvo de 2 denúncias de agressão após dia tenso na Câmara

O dia 5 de junho de 2024 ficou marcado como um dos mais lamentáveis da história recente da Câmara dos Deputados, com cenas de brigas, gritaria, agressões físicas e morais dirante reuniões de diferentes comissões, cujos resultados desagradaram a extrema-direita. No meio de alguns casos, estava o deputado paraense e bolsonarista e pré-candidato a prefeito de Belém.
Eder Mauro protagonizou pelo menos 3 momentos de um dos dias mais lamentáveis da Câmara dos Deputados, que seria esquecível se não fosse importante lembrar para que não se repita (Foto: Reprodução / X / Rogério Correia)

O deputado federal Eder Mauro, do PL do Pará, é alvo de duas denúncias de agressões físicas. Os dois casos ocorreram nesta quarta-feira (5), durante reuniões de diferentes comissões que tiveram resultados que desagradaram a extrema-direita. Em um caso, ele e um assessor são acusados de agredirem física e moralmente um visitante. No outro, ele teria acertado chutes no deputado Rogério Correia (PT-MG), que ficou com a perna machucada.

Este dia 5 de junho de 2024 ficou marcado por brigas, ofensas, palavrões, agressões físicas e morais e alguns deputados quase foram às vias de fato, como foi o caso de André Janones (Avante-MG) — que escapou da perda de mandato por uma acusação de supostamente promover “rachadinhas” no gabinete dele, semelhantes às mesmas apontadas nos gabinetes da família  Bolsonaro que nunca foram punidas — e Nikolas Ferreira (PL-MG).

Numa das discussões, após Janones ser absolvido na Comissão de Ética do processo das supostas “rachadinhas”, o deputado do Avante-MG provocou e chamou Nikolas para a briga. Eder Mauro se exaltou e assim como muitos outros parlamentares, tentou ir para cima de Janones para esquentar a briga. No empurra-empurra, foi o momento que Rogério Correia, que tentou contê-lo, foi atingido. O petista afirmou que foi o paraense que o atingiu.

Deputada passa mal e Eder Mauro se envolve em outra briga

Na Comissão de Direitos Humanos, outra discussão. A deputada federal Luiz Erundina (PSOL-SP), uma parlamentar de 89 anos, falava sobre um projeto de lei sobre locais usados para repressão e violência na ditadura militar. Deputados bolsonaristas de extrema-direita, começaram a gritar e agredi-la verbalmente. Ela ficou nervosa, passou mal e teve de ser socorrida. A sessão foi interrompida.

Foi nesse intervalo que o bancário Bruno Silva, que tentava levar uma proposta ao deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) sobre a taxa de juros do Banco Central. Mas em meio ao clima de confusão, ele se exaltou e gritou “Bolsonaro na cadeia”. Isso irritou não apenas Eder Mauro, como outros deputados de extrema-direita. Mas só Eder Mauro partiu violentamente para cima do visitante da casa.

Na confusão, Eder Mauro empurrou o bancário com o ombro. Ao lado do deputado paraense, um homem que disse ser assessor dele, mas ainda não foi identificado, deu dois tapas em Bruno Silva. A confusão foi apartada, ainda que muitas outras brigas, desrespeito e discussões vazias tenham ocorrido no dia. E assim, levado o nível do parlamento a um dos mais baixos da história. Tudo sem qualquer intervenção do presidente Arthur Lira (PP-AL), que vem ignorando as sistemáticas quebras de decoro parlamentar.

O PSOL e o PT fizeram representações contra o deputado paraense, que é pré-candidato a prefeito de Belém, no Conselho de Ética da Câmara. Porém, como tem sido uma prática recorrente, a denúncia pode dar em nada. E assim, o nível da Câmara dos Deputados seguirá sem discutir propostas que realmente melhorem a vida do povo. Somente serão palco para “lacração” e produção de conteúdos para redes sociais em busca de votos e likes.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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