sexta-feira, 26 de abril de 2024

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

Estado vai reagir à decisão do TCU, garante governador Helder

Governador Helder Barbalho irá à Brasília por Lei Kandir. Ele tentará audiência com o ministro do Supremo, Gilmar Mendes, relator do processo.

O Procurador Geral do Estado Pará, Ricardo Sefer,  disse agora há pouco à Conexão AMZ que não acredita na possiblidade de que a decisão técnica do Tribunal de Contas da União seja colocada em prática.    Consultado pelo Supremo, o TCU emitiu conclusão técnica afirmando que a União não deve mais pagar compensações aos Estados exportadores que perderam receita com o  fim da cobrança de impostos sobre a exportação de produtos primários.  O Pará é um dos Estados mais prejudicados com a famosa lei Kandir. Os valores a receber chegariam a R$ 20 bilhões.

“A conclusão (do TCU) teve como base uma defesa da União que já foi rechaçada pelo próprio Supremo”, afirmou o procurador. Assim como o ex-vice-governador e tributarista Helenilson  Pontes, Sefer afirma que o TCU extrapolou a questão formulada pelo Supremo. “O Supremo não perguntou se deve haver ou não compensação, mas como ela deve ser calculada e paga”.

A conclusão do TCU foi uma resposta à consulta feita pela mais alta corte do País atendendo a uma ação movida pelo Estado do Pará que pede a regulamentação do pagamento das compensações.  A medida foi tomada porque terminou o prazo que o STF havia dado  para que o Congresso regulamentasse o pagamento das  compensação pela desoneração das exportações. Consultado, o TCU  indicou  então que não há compensação a ser paga.

Nesta semana, o govenador Helder Barbalho tentará audiência com o ministro do Supremo, Gilmar Mendes, relator do processo. A ideia é chegar a um acordo de cavalheiros. “Provavelmente, a solução passará por dar mais tempo para que o Congresso coloque o assunto em pauta”, diz Sefer, afirmando que o governo do Pará está confiante na possibilidade de diálogo.  “Essa é uma questão prioritária. Queremos resolver os pagamentos futuros para que os recursos entrem logo nos cofres do Estado e se transformem em benefícios para a população. Não vamos abrir mão do retroativo, mas essa discussão virá depois”, explicou.

O imbróglio em torno da lei Kandir gerou uma crise política entre o TCU e a Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM), chegou a ameaçar cortar o orçamento do Tribunal por considerar a intromissão indevida.


Nos corredores de Brasília, o sentimento é de que o TCU tomou a decisão de negar a compensação apenas para evitar bater de frente com o Congresso, jogando o caso lei Kandir de volta para os deputados.

 

 

Fonte: Conexão AMZ