quarta-feira, 18 de setembro de 2024

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Governador Helder Barbalho diz que Estado investiga se queimadas no Pará são criminosas

O Pará está em situação de emergência e com queimadas proibidas em todo o território estadual por 180 dias, mas focos de incêndio provocados por ação humana continuam surgindo. O Pará foi um dos estados que mais teve registros de incêndios na Amazônia. São Félix do Xingu e Altamira, segundo o Inpe, lideram o número de casos.
Os focos de incêndio continuam surgindo em todo o Pará, como em São Félix do Xingu e Altamira (Foto: Wesley Costa / Fato Regional / Imagem Ilustrativa)

O governador Helder Barbalho (MDB) informou que o Governo do Estado está investigando a origem dos focos de incêndio que vêm ocorrendo no Pará. A informação foi confirmada por ele, durante entrevista à GloboNews, neste domingo (1º de setembro). O objetivo da investigação é saber se as queimadas são ação humana e se de cunho criminoso.  O estado está em situação de emergência no território paraense por 180 dias.

“Temos atuado para investigar informações advindas de incêndios criminosos, como também a Polícia Federal, da mesma forma, tem buscado atuar. Por ora, não se tem conclusão de que os focos que estão, neste momento, na região, são advindos de crimes; e se há uma orquestração, como já assistimos há poucos anos, em Novo Progresso, fato que ficou conhecido, em âmbito nacional, como o Dia do Fogo”, declarou Helder à GloboNews.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que focos de queimadas continuam sendo registrados em diferentes biomas brasileiros. O levantamento utilizou dados colhidos entre 25 e 31 de agosto. Na Amazônia, a situação é considerada grave em 37 municípios, que tiveram mais de 100 focos em uma semana. São Félix do Xingu, no Sul do Pará,  registrou 1.443 incêndios. Em Altamira (PA), foram identificados 1.102 casos. Os dois municípios lideram os registros.

“Houve um registro de aumento [de incêndios], no mês de julho, que ultrapassa 50% comparado com o mesmo período do ano anterior. Estamos falando em 2,5 mil focos de incêndio em 2023. E 3,3 mil em 2024. Isto continuou no mês de agosto, com uma elevação de 4,5 mil para 6,6 mil pontos de incêndio. Isto demonstra que é fundamental, por um lado, o combate a incêndios. E, por outro lado, uma determinação governamental de orientação à população para que evite o uso de fogo no manejo e na limpeza de áreas rurais”, prosseguiu o governador.

No dia 27 de agosto, o governador do Pará decretou situação de emergência por 180 dias, proibindo o uso de fogo para limpeza e manejo, em todo o território estadual. Mesmo assim, focos de queimada seguem aparecendo, motivando a investigação. Pelo decreto, estão previstas punições no âmbito criminal, dependendo da natureza das queimadas.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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