Ourilândia do Norte, no sul do Pará, se prepara para a primeira Cavalgada Municipal, um patrimônio cultural e imaterial da cidade. As inscrições para o evento já estão abertas e seguem até o dia 30 de outubro. Pela lei municipal nº 886/2023, a cavalgada ocorrerá anualmente, sempre no primeiro sábado de novembro. Neste ano, será no dia 4 do mês que vem, com concentração às 9h e um grande churrasco de celebração ao final.
“As comitivas de muladeiros, cavaleiros e amazonas se reunirão em desfiles pelas ruas e avenidas da cidade, objetivando firmar a importância da cavalgada como forma de proteção e cuidados com os animais, fortalecer o espírito campeiro e agregar os amantes da prática de cavalgadas”, diz o texto da lei 886/2023, aprovada pela Câmara Municipal de Ourilândia do Norte e sancionada pelo prefeito Dr. Júlio César (Avante).
Cavalgadas estão na história de formação de territórios e na cultura brasileira desde o século XVII
Até a manhã desta terça-feira (10), 6 comitivas já estavam inscritas e a expectativa é de sejam confirmadas até 10, como explica o assessor jurídico da Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte, Jhonathan Pablo. As melhores comitivas serão premiadas com troféus. O trajeto começa na Chácara Dairel (após a Laticínios Soberano) e finaliza no Clube dos 50. As inscrições são on-line, entrando em contato pelo telefone (94) 99170-8954.
“É uma forma de reavivarmos essa chama cultural, alimentada pelo espírito da agropecuária que é muito forte no nosso município. No projeto de lei que foi enviado à Câmara, destacamos que as cavalgadas surgiram durante o processo de ocupação dos territórios, entre os séculos XVII e XVIII. Conduzindo os bovinos ou equinos, os tropeiros, montados a cavalos ou burros, se acampavam para descansar, agradecer e pedir proteção divina para eles e para os animais. Era uma atividade sofrida, que fazia parte da vida de muitos brasileiros do meio rural daquela época”, detalha Jhonathan.
Ainda com base no texto do projeto de lei, as cavalgadas são manifestações culturais motivadas por questões religiosas, cívicas, ecológicas ou esportivas, que fazem parte da história de todo o Brasil. Também ocorrem como formas de competição ou lazer. “Em todo caso, desempenham um importante papel no que se refere ao comércio das localidades onde são realizadas, gerando empregos e renda para muitas famílias e, consequentemente, fomentando a economia da nossa localidade”, conclui o assessor jurídico da PMON.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional. Se reproduzir esta matéria, dar os créditos corretamente)
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