quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Lula defende mais países no BRICS e combate global às desigualdades

Lula defendeu a capacidade do Brasil de desenvolver uma indústria verde e com energia limpa, além de falar da necessidade de cooperação internacional para o desenvolvimento de países mais pobres
Lula quer mais países no BRICS e ser capaz de fazer empréstimos com possibilidade de pagamento que não estrangule a economia dos países clientes (Foto: TV Brasil / YouTube)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende que mais países façam parte do BRICS, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. E dessa forma, possam gerar uma nova força econômica global e cooperativa. As declarações foram feitas durante a live semanal “Conversa com o presidente” desta terça-feira (22).

Ainda na live, Lula disse que quer pautar o combate a todas as formas de desigualdade no mundo: racial, gênero, saúde, educação e tantas outras. “Esse precisa ser um tema prioritário para a próxima reunião do BRICS e também do G20. Não é aceitável, por exemplo, que a África do Sul tenha 735 milhões de pessoas passando fome sendo que produz alimentos. Errada é a distribuição de riquezas do mundo”, disse.

 

O presidente está na África do Sul, para a primeira reunião presencial do BRICS desde a eclosão da pandemia de covid-19. E sobre o BRICS, que possui um banco presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff, Lula diz que será necessário pensar em formas de emprestar dinheiro sem “sufocar” os países.

“Hoje não devemos nada ao FMI e nem queremos dever. E por isso devemos pensar em novas formas de emprestar dinheiro, mas com capacidade de pagamento que não seja sufocante aos países. Por isso é importante o Brasil estar de volta: para dizer o que pensa e o que quer. Precisamos da Argentina no BRICS, porque precisa crescer junto com o Brasil. Eu quero todos os países bem, por isso vai garantir paz”, ponderou o presidente.

Lula encerrou a live falando sobre o potencial bioeconômico do Brasil e de fazer negócios verdes e sustentáveis. “Nós temos jeito de fazer indústria verde e com energia limpa. É um trunfo do Brasil que precisamos explorar. E os países ricos, que podem pagar, que paguem mais caro”, concluiu.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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