quinta-feira, 9 de maio de 2024

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Metade do cacau do Brasil é produzido no Pará; Tucumã e São Félix do Xingu são destaques na produção

Um dos destaques da produção de cacau é que o fruto é um pilar positivo na implementação da matriz de bioeconomia projetada para o estado, pois além de gerar ativos verdes, ajuda na recuperação de áreas degradadas e permite produções consorciadas
O Brasil é o 7º país do mundo em produção de cacau e o Pará é o principal estado produtor (Foto: Pedro Guerreiro / Agência Pará)

O Pará é líder na produção de cacau no Brasil. Mais de 53% do fruto é produzido no estado e deve ser um dos principais produtos da bioeconomia paraense. A mudança na matriz econômica estadual projeta movimentar US$ 120 bilhões ao ano com produtos da floresta. Com Entre os municípios produtores de maior destaque estão Tucumã e São Félix do Xingu, na região sul do estado.

Um dos principais atrativos do cacau é a capacidade de transformação em subprodutos rentáveis, como o chocolate, bebidas, polpas e cosméticos, agregando valor a essa cadeia produtiva que pode ser feita em áreas degradadas. Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2020 e 2021, o Brasil (7º do mundo) produziu 270 toneladas de amêndoas de cacau.

“Nós acreditamos na força transformadora da bioeconomia para gerar empregos verdes e renda em um processo capaz de se manter ao longo do tempo. No manejo da floresta, colocamos em prática o ditado que diz que a floresta em pé vale muito mais do que derrubada. Neste sentido, é fundamental o desenvolvimento de culturas como a do cacau”, afirma Mauro O’de Almeida, titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), o objetivo é alcançar um modelo sustentável de desenvolvimento.

A cacauicultura é um plantio sustentável por ser eficiente na proteção dos solos. O cacaueiro produz matéria orgânica que é rapidamente aproveitada pelo solo. desse modo, as plantas cultivadas ao lado do cacau tendem a ser mais férteis. Em contrapartida, as árvores produzem a sombra que o cacau gosta e precisa para se desenvolver.

O cacau além de ajudar numa produção agroecológica, garante vários ativos diferentes para a bioeconomia, indo de chocolate a cosméticos (Foto: Pedro Guerreiro / Agência Pará)

 

Dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Sistema de Recuperação Automática (Sidra) do IBGE, a produção de cacau do Pará atingiu 145 mil toneladas na safra 2021/2022, com uma produtividade média de 977 quilos por hectare, quase o dobro da média nacional, de 520 kg/ha, e bem maior que a média mundial de 550 kg/ha.

A maior parte do cultivo do cacau no Pará – cerca de 70% da produção – é feito em áreas degradadas, principalmente por agricultores familiares e em sistemas agroflorestais, aliando a preservação da floresta com geração de emprego e renda.

Levantamento da Secretaria de Estado e Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Pará (Sedap), o município de Medicilândia, da Região de Integração do Xingu, é o principal produtor de cacau no Estado, com mais de 44 mil toneladas produzidas anualmente, que correspondem a 34,69% da produção paraense. Em segundo lugar está Uruará, com mais de 17 mil toneladas, cerca de 13% da produção estadual. Em seguida estão Anapu, Brasil Novo, Placas, Altamira, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio, Tucumã, Pacajá e São Félix do Xingu.

(Da Redação do Fato Regional com informações da Agência Pará)


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