O primeiro edital da nova edição do Programa Mais Médicos Pelo Brasil, do Governo Federal, ofertou 590 vagas para o Pará, o segundo maior índice do Brasil. Dessas, 22 foram destinadas à região sul do Estado (Região de Integração do Araguaia). No entanto, 2 vagas não foram preenchidas: uma em Água Azul do Norte (que tinha 2 vagas) e a vaga para Santa Maria das Barreiras.
Como Santa Maria das Barreiras não teve a única vaga ofertada preenchida, a região sul do Pará ficou com cinco municípios sem o reforço na saúde pública. Pelo edital desta edição do programa, não foram previstas vagas para Bannach, Cumaru do Norte, Pau D’Arco e Sapucaia. Os motivos para não haver oferta de vagas não foram explicados.
A pedido do Fato Regional, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) fez um levantamento das vagas ofertadas e preenchidas na região sul do Pará. Por nota, o órgão explicou que “…os municípios possuem autonomia para aderir ou não ao programa do Ministério da Saúde”. O levantamento é referente ao primeiro edital da nova edição do programa.
Na região, os municípios que receberam os maiores reforços foram Conceição do Araguaia, com 4 vagas ofertadas e preenchidas e São Félix do Xingu, com 3 vagas ofertadas e preenchidas. Ourilândia do Norte, Santana do Araguaia, Redenção, Xinguara e Floresta do Araguaia ofertaram 2 vagas cada e preencheram todas.
Veja a quantidade de vagas ofertadas no sul do Pará
- Conceição do Araguaia 4/4
- São Félix do Xingu 3/3
- Ourilândia do Norte 2/2
- Santana do Araguaia 2/2
- Redenção 2/2
- Floresta do Araguaia 2/2
- Xinguara 2/2
- Água Azul do Norte 1/2
- Tucumã 1/1
- Rio Maria 1/1
- Santa Maria das Barreiras 0/1
- Bannach 0/0
- Pau D’Arco 0/0
- Cumaru do Norte 0/0
- Sapucaia 0/0
Como é a remuneração dos profissionais no Mais Médicos
Para aumentar o tempo de permanência no programa, sobretudo em áreas mais vulneráveis e de difícil acesso, historicamente marcadas com a falta de médicos, o Governo Federal aumentou os benefícios para atrair e manter os profissionais.
Uma novidade é a oportunidade de especialização em Medicina de Família e Comunidade e mestrado em Saúde da Família. Levantamento do Ministério da Saúde aponta que 41% dos participantes do programa desistem em busca de capacitação e qualificação.
Também foram oferecidos incentivos proporcionais ao valor da bolsa pela permanência no programa e atuação em regiões de vulnerabilidade. Médicos alocados nessas regiões, ao permanecerem por 48 meses no programa, poderão receber incentivo de R$ 120 mil – equivalente a 20% do total recebido no período.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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