quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Meningite B: saiba mais sobre a doença e a nova vacina liberada pela Anvisa

Imunizante, chamado Trumenba, poderá ser aplicado em pessoas de 10 a 25 anos de idade.

No final do mês passado, uma nova vacina contra a meningite B teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O imunizante, chamado Trumenba, poderá ser aplicado em pessoas de 10 a 25 anos de idade para prevenir a doença meningocócica causada pelo sorotipo B da bactéria Neisseria meningitidis.

A doença é um processo inflamatório que atinge as meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, e pode ser causada por infecções por bactérias, vírus, fungos ou parasitas. A meningite é uma doença grave e que pode levar à morte.

Em maio de 2015, foi lançada no Brasil a primeira vacina contra a meningite B, chamada Bexsero, que pode ser tomada por pessoas de 2 meses a 50 anos. Ele é oferecida apenas na rede particular de saúde.

Apesar da aprovação, ainda não há previsão de quando a nova vacina vai começar a ser aplicada no País. Mesmo assim, a nova vacina é vista como positiva por profissionais do setor, principalmente para oferecer opções caso tenha desabastecimento de estoque, algo que já ocorreu no ano em que a vacina disponível no Brasil foi lançada.

A vacina já é aplicada nos Estados Unidos e na União Europeia, mas a data para lançamento no Brasil não foi definida. “Todo novo medicamento licenciado, antes de ser comercializado, tem de ter o seu preço aprovado pelas autoridades governamentais. No Brasil, o estabelecimento de critérios para a definição dos preços dos medicamentos é de responsabilidade da Câmara de Regulação de Mercado de Medicamento (CMED), um órgão interministerial”, explica Márjori Dulcine, diretora médica da Pfizer.

Segundo a Pfizer, fabricante do imunizante, duas doses da vacina devem ser tomadas com um intervalo mínimo de seis meses entre elas.

Algumas dúvidas sobre a vacina:

Há contraindicações? – “Por ser uma vacina inativada, que utiliza apenas uma proteína da bactéria, pode ser administrada com segurança. De forma rara pode provocar uma reação alérgica (anafilaxia) após a primeira dose do esquema”, diz Márjori.

Qual o preço médio da dose? – Custa entre R$ 500 e R$ 700, de acordo com a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVac).

Aplicação – A indicação é que as doses sejam aplicadas aos 3 , 5 e 7 meses, além de um reforço depois de 1 ano. A partir de 1 ano, são duas doses com intervalo de dois. Para adultos, duas doses com intervalo de um mês. “Mas quem mais adoece e corre risco é quem está no primeiro e no segundo ano de vida”, alerta Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Qual meningite é mais perigosa? – A doença causada por bactérias, como a meningite pneumocócica e a meningite meningocócica, costuma se apresentar de forma mais grave, principalmente se causar infecção generalizada. Nesse caso, ela pode levar o paciente à morte em poucas horas. Quando é viral, a evolução é mais leve.

Quais são os sintomas? – No caso da infecção bacteriana, febre, dor de cabeça e rigidez do pescoço começam de forma súbita. Os pacientes também podem apresentar: mal-estar, náuseas, vômito, aumento da sensibilidade à luz, confusão mental. Em casos mais graves, convulsões, delírio, tremores e coma. Na meningite viral, além desses sintomas, a pessoa também pode ter falta de apetite, irritabilidade, sonolência ou dificuldade para acordar e falta de energia.

Como a doença é transmitida? – O tipo bacteriano é transmitido de pessoa para pessoa por gotículas e secreção do nariz e da garganta, mas também há bactérias passadas pelos alimentos. As virais dependem do tipo de vírus. Há casos de contaminação por contato com pessoas e objetos infectados e até por picada de mosquitos, de acordo com o Ministério da Saúde.

Como é feita a prevenção? – Embora a meningite possa ser causada por diferentes agentes infecciosos, é possível evitar os principais tipos por meio da vacinação.


Como a meningite é diagnosticada? – Por meio de exames de sangue e do líquido cerebroespinhal (líquor). A partir da identificação do agente causador da infecção, o médico indica o tratamento adequado. O líquor deve estar límpido e incolor. Quando há infecção, ele fica turvo.

Como é o tratamento? – Pessoas com a suspeita de meningite sempre são internadas, tendo em vista a gravidade da doença. As meningites bacterianas são tratadas com antibiótico e as virais, com antivirais. De acordo com o fungo detectado em quem tem essa forma da doença, são recomendados antifúngicos. O parasita também deve ser identificado para o tratamento de quem tem a meningite causada por parasita, que inclui medicamentos para dor de cabeça e febre – esses sintomas podem ser fortes.

Fonte: Agência Brasil