segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

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Polícia Civil de Tocantins cumpre mandados no Pará por assalto a carro-forte

No Pará, foram cumpridos mandados em cidades como Xinguara (PA) e Marabá (PA).
Foto Divulgação: Policia Civil

A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 1ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado de Palmas (1ª Deic), deflagrou na manhã desta terça-feira (28) uma operação com o intuito de cumprir seis mandados de prisão preventiva de envolvidos na tentativa de roubo a um carro-forte, ocorrido em agosto de 2019, na TO-30, entre as cidades Colinas do Tocantins e Arapoema, na região centro norte de Tocantins. Denominada “Operação Guerra Justa”, a ação é resultado de investigações da Polícia Civil e envolve um efetivo de mais de 80 policiais civis, incluindo os do Grupo de Operações Táticas Especiais (Gote).

Além dos mandados de prisão preventiva, a operação também tem o intuito de cumprir 16 mandados de busca e apreensão em residências nos estados do Pará, Tocantins, Bahia e Pernambuco. No Pará, foram cumpridos mandados em cidades como Xinguara (PA) e Marabá (PA). Entretanto, segundo o delegado Eduardo Menezes, responsável pelo caso, dois mandados cumpridos em Cabrobó, em Pernambuco, tem especial importância, pois no município se encontra sediada uma madeireira que, segundo os investigadores, há suspeita de que os caminhões, carregados com madeira da empresa, eram também utilizados para transportar o armamento por diversos estados da região Norte e Nordeste.

Até o início da tarde de terça-feira (28), três pessoas haviam sido presas e 762 munições apreendidas, além de uma carabina calibre 12 e drones.

INDÍGENA É UM DOS PROCURADOS

Um dos alvos da operação é um indígena, apontado pelo delegado Eduardo Menezes, coordenador da operação, como responsável por auxiliar os criminosos nas rotas de fuga. Ele teria sido recrutado pelo bando e ficou responsável por criar rotas de fuga pela região de mata e travessia pelo rio, além de atravessar os criminosos e os armamentos em barcos.

Segundo as investigações, o grupo utilizou uma aldeia indígena na região do município de Santa Fé do Araguaia como ponto de apoio para planejar o atentado e dar suporte na fuga após a efetivação do roubo ao carro-forte. Situada às margens do Rio Araguaia, a aldeia serviu como ponto estratégico para acelerar o retorno dos assaltantes ao Pará. No Estado, um dos bandidos feridos ainda teria tentado atendimento em um posto de saúde de Xinguara, mas não obteve sucesso.

O CRIME

O crime aconteceu em agosto de 2019, quando um grupo de vigilantes de uma empresa responsável por transporte de valores foi abordado por assaltantes. Os criminosos cercaram o caminhão blindado e passaram a efetuar disparos contra o veículo. A perseguição e a troca de tiros perduraram por vários quilômetros, até que o veículo dos assaltantes teve um dos pneus furados por um disparo efetuado pele equipe de guardas. Sem sucesso no roubo do dinheiro, os criminosos abandonaram o veículo e atearam fogo, fugindo em outro carro que dava suporte ao grupo.


O tiroteio assustou os moradores do Povoado 19, próximo ao município de Arapoema. Chamou a atenção os armamentos utilizados pelos assaltantes, que chegaram a usar uma metralhadora calibre ponto 50, capaz de parar tanques de guerra e de abater aeronaves.Um dos criminosos alvos da operação acabou sendo preso em operação realizada no dia 16 de abril, na cidade de Aparecida, interior do estado da Paraíba. Além dos armamentos, formado por fuzis , pistolas, munições e explosivos, com o investigado foi encontrada a metralhadora ponto 50 utilizada no ataque ao carro forte na cidade de Arapoema. Em Aparecida, a operação foi realizada de forma integrada pelas Polícias Militar e Civil da Paraíba e da Polícia Federal dos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte para prender uma quadrilha interestadual que planejava atacar carros-fortes e bancos no sertão da Paraíba.

 

Fonte: O Liberal