terça-feira, 14 de maio de 2024

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

Polícia Federal investiga grupo que atua com cigarros falsos, tráfico humano e lavagem de dinheiro no Pará e mais 4 estados

Foram expedidos ao todo 24 mandados de prisão e 35 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 20 milhões em bens de 38 pessoas físicas e 28 pessoas jurídicas
A operação 'Illusio' mira nas fábricas e nos endereços dos investigados nos estados do Pará, Bahia, Amazonas, São Paulo e Minas Gerais (Foto: Polícia Federal)

Uma organização criminosa, que atua na falsificação de documentos, contrabando de cigarros de marcas paraguaias, tráfico de pessoas, contrabando, descaminho, trabalho escravo e lavagem de dinheiro é alvo da operação “Illusio”, deflagrada nesta terça-feira (14). A ação reúne agentes da Polícia Federal, Receita Federal e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O grupo investigado atua nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Pará e Amazonas.

Foram expedidos 11 mandados de prisão preventiva, 13 mandados de prisão temporária e 35 mandados de busca e apreensão pela Justiça Federal. Também foi autorizado o sequestro de bens e valores contra 38 pessoas físicas e 28 pessoas jurídicas, num total de R$ 20 milhões. Mais de 165 policiais federais estão cumprindo as medidas em residências, galpões e empresas nas seguintes cidades onde há atuação da organização investigada:

  • Manaus (AM)
  • Capim Grosso (BA)
  • Belo Horizonte (MG)
  • Divinópolis (MG)
  • Itaúna (MG)
  • Nova Lima (MG)
  • Nova Serrana (MG)
  • Pará de Minas (MG)
  • Pitangui (MG)
  • São Gonçalo do Pará (MG)
  • Nova Ipixuna (PA)
  • Barueri (SP)
  • Carapicuíba (SP)
  • Indaiatuba (SP)
  • Osasco (SP)
  • Santana de Parnaíba (SP)
  • São Caetano do Sul (SP)
  • São Paulo (SP)
  • Taiuva (SP)

A partir de investigação realizada pela Polícia Federal e acompanhamento do esquema pela Receita Federal, foi identificada uma cadeia de produção dos cigarros clandestinos na região de Divinópolis (MG), além de toda a organização criminosa envolvida no esquema de fabricação de cigarros paraguaios falsos. A distribuição dos cigarros falsos era feita em caminhões com a ocultação destes produtos, atrás de cargas de calçados produzidos na região de Nova Serrana (MG).

“Foi revelado que a quadrilha, chefiada por um empresário de Barueri (SP), cooptava trabalhadores no Paraguai, os quais eram trazidos para fábricas clandestinas no Brasil, na região de Divinópolis (MG), onde eram submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão, com a liberdade tolhida, permanecendo reclusos, sob vigília, e incomunicáveis, por vários meses, no interior dos estabelecimentos. Tinham, ainda, seus telefones confiscados e eram impedidos de ter qualquer acesso ou contato com o mundo exterior. Eles sequer sabiam o local em que se encontravam, pois eram conduzidos até as fábricas com olhos vendados”, diz nota da PF sobre a operação.

Os presos responderão por um ou mais dos seguintes crimes: lavagem de dinheiro (10 anos de prisão), organização criminosa (8 anos de prisão), tráfico de pessoas (8 anos), trabalho escravo (8 anos), contrabando de cigarros (5 anos de prisão), falsificação e uso de documento particular falso (5 anos), crimes contra as relações de consumo (5 anos) e descaminho de maquinário (4 anos).

O nome da operação, explica a Polícia Federal, se refere à palavra “ilusão”, uma vez que os cigarros falsificados eram vendidos ao consumidor final como se fossem cigarros contrabandeados, ou seja, produzidos no Paraguai.

(Da Redação do Fato Regional)


LEIA MAIS, NO FATO REGIONAL:

Siga o Fato Regional no Facebook e no Instagram!