sábado, 18 de maio de 2024

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Por que as montadoras estão suspendendo a produção no Brasil?

Um misto entre queda da demanda por conta da crise econômica, falta de peças, piora prevista das vendas neste ano e controlar custos para uma eventual retomada resume a decisão de oito empresas a fecharem as portas neste mês.
Produção de veículos na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) — Foto: Divulgação/Volkswagen

Nas últimas semanas, oito das principais montadoras do país anunciaram paralisação da produção brasileira em virtude do agravamento da pandemia do coronavírus. O Brasil ultrapassou a marca de 300 mil mortos pela Covid-19 e registrou seguidos recordes diários de mortalidade e novos casos.

VolkswagenMercedes-BenzNissanToyotaRenaultVolvoScania e, agora, a Honda, fecharam as fábricas por cerca de duas semanas, atendendo a um pedido dos sindicatos do setor, que queriam a pausa para preservar os trabalhadores no momento mais crítico da doença no país.

Ainda que o risco à saúde dos funcionários tenha sido um dos fatores primordiais destacados pelas empresas, esse não é o único motivo para a parada na indústria automotiva. Há, pelo menos, outras três razões que justificam a decisão de interromper as atividades temporariamente:

  • Há um desabastecimento de peças na indústria que já comprometia a produção;
  • Crise econômica e redução da renda afetam a demanda por automóveis;
  • Nova onda de Covid impacta a confiança do consumidor para aquisição de bens de alto valor.

Essa “tempestade perfeita” dá ao setor a oportunidade de pisar no freio e planejar o trajeto. Com menos compradores, as férias coletivas determinadas pelas empresas faz possível a articulação de uma redução de custos sem a necessidade de demissões em massa.

Além disso, essa antecipação das folgas dos trabalhadores é uma aposta na retomada da indústria à frente. Espera-se que, além de uma redução de casos, a vacinação avance e o governo tenha mais tempo de elaborar novos planos de crédito e medidas de preservação para o setor.

Uma das demandas tanto dos industriais como do comércio é o retorno do programa de preservação de empregos, conhecido como BEm. A medida criada no ano passado firmou mais de 20 milhões de acordos entre patrões e empregados para a redução da jornada ou suspensão dos contratos de trabalho. O presidente Jair Bolsonaro prometeu reeditar a medida.

Fonte: G1