sábado, 18 de maio de 2024

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Prefeito de Borba, no Amazonas, é preso pela Polícia Federal em investigação sobre alimentação escolar durante a pandemia

Pelas investigações de irregularidades na compra de alimentação escolar durante a pandemia de covid-19, o prefeito Simão Peixoto (MDB-AM) estaria criando um ambiente de pressão sobre testemunhas. Ele já havia sido preso no ano passado por suspeita de corrupção.
O prefeito de Borba, Simão Peixoto, já havia sido alvo de dois mandados de prisão em 2023 e agora é alvo de nova investigação (Foto: Reprodução / Facebook)

O prefeito do município de Borba (AM), Simão Peixoto (MDB-AM), foi preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (9). Ele foi alvo da operação “Voz do Poder”, deflagrada pela corporação e comunicada por nota oficial. O gestor, por medida judicial, foi afastado das funções públicas. Ele é alvo de uma investigação sobre supostas irregularidades na compra de alimentação escolar durante a pandemia de covid-19.

A Polícia Federal explicou, na nota sobre a prisão, que Simão Peixoto é suspeito de manipular testemunhas na investigação que remonta ao ano de 2020. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Borba e em Manaus, capital do Amazonas. Essa é a segunda vez em que o prefeito é preso desde o ano passado.

Pelas investigações da PF, que levaram à operação “Voz do Poder”, os kits de alimentação escolar contratados estavam entregando menos alimentos do que o previsto, principalmente as proteínas como charque (carne seca) e outros cortes de carne bovina. Havia ainda indícios de falsificação nos recibos de entrega e possíveis pagamentos sem comprovação documental, informou a corporação.

“A medida de prisão preventiva e o afastamento do cargo do prefeito foram solicitados após evidências de que ele conduziu uma videoconferência com servidores municipais intimados pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos relacionados à referida investigação. Neste encontro, o prefeito teria oferecido assistência jurídica e fretamento de aeronave, custeados pela Prefeitura, o que poderia representar uma tentativa de influenciar indevidamente as testemunhas”, diz nota da PF.

Ainda na nota, a PF afirmou: “Embora possa ser interpretada como um gesto de auxílio, esta ação cria um ambiente propício para que os servidores se sintam pressionados a adaptar seus depoimentos aos interesses do investigado, comprometendo potencialmente a integridade e a credibilidade das investigações em curso”.

Em março de 2023, Simão Peixoto foi preso por suspeita de cometer os crimes de ameaça, desacato, difamação e restrição de direitos políticos em razão do sexo contra a vereadora Tatiana Franco dos Santos, escolhida como relatora que vai analisar a cassação do mandato do prefeito.

Ainda no ano passado, em maio, Simão Peixoto foi alvo da operação “Garrote”, que investigava uma suposta organização criminosa e tinha como objetivo cumprimento demandados de prisão. Segundo o Ministério Público do Estado do Amazonas, o grupo seria liderado pelo prefeito e envolveria a primeira-dama e outros familiares dele. O grupo, como apontaram as investigações, cometeu fraudes em licitações e causou prejuízos de R$ 29,2 milhões aos cofres públicos da cidade de Borba. O prefeito foi posto em liberdade no dia 14 de julho.

(Da Redação do Fato Regional)


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