sábado, 20 de abril de 2024

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Quase 4 anos depois: acusado de chacina em Ourilândia deve se apresentar à Justiça

Familiares pedem justiça na frente do Fórum onde acusado irá se apresentar em audiência, após quase quatro anos foragido.
Ezio Vieira Alves (Alemão), se apresenta nesta terça, 16 à Justiça. ele é acusado de participar da chacina da fazenda Alana, em Ourilândia em 2015.
Atualizada às 12h

Após quase 4 anos foragido da Justiça, Ezio Vieira Alves, mais conhecido como “Alemão”, acusado de participação na chacina que aconteceu em outubro de 2015 na fazenda Alana, no município de Ourilândia do Norte, sudeste paraense, a qual vitimou quatro pessoas, deveria se apresentar nesta terça-feira (16), no Fórum Maria Nauar Chaves, em Ourilândia. Porém, para garantir a segurança do acusado e evitar manifestações populares que atrapalhem o andamento da audiência, os advogados de Ezio solicitaram, junto ao Ministério Público, que a audiência fosse transferida para a comarca de Marabá, também no sudeste do estado. A data da mesma ainda não foi informada.

Familiares das vítimas estiveram na frente do Fórum com faixas e cartazes pedindo justiça. “Nós queremos que a justiça seja feita. Que todos os envolvidos paguem pelo que fizeram. Eu perdi o meu filho um ano antes desse crime na Fazenda Alana, por esses mesmos criminosos e, quero que eles paguem pelo que fizeram ao meu filho, ao amigo dele e mais essas quatro vítimas”, lamenta Raimunda Alves Andrade.

A Justiça também espera a apresentação de Raimundo Nonato Alves de Barros, mais conhecido como “Nonato”, que também é acusado de participar do crime e segue foragido.


Primeiro julgamento

José Vieira de Mattos foi condenado no Fórum Criminal de Marabá a 60 anos de prisão por envolvimento na chacina que deixou quatro pessoas mortas na fazenda Alana em Ourilândia do Norte, no sudeste do Pará.

O crime ocorreu em outubro de 2015, quando os criminosos realizaram uma emboscada para tentar matar o dono da fazenda Jadson Michel Pesconi, que era filho de um ex-prefeito do município. Também foram assassinados dois funcionários da fazenda e um veterinário. Cinco pessoas foram presas.

O julgamento durou quase 15 horas. O júri entendeu que o réu teve participação decisiva, na condição de mandante.

A pena deve ser cumprida em regime inicialmente fechado. Dois réus foram absolvidos e outros dois, acusados de participação no crime, ainda serão julgados.

A chacina

Segundo a polícia, testemunhas contaram que os pistoleiros entraram na propriedade e renderam as vítimas. Jadson Michel Pesconi, proprietário da fazenda, era alvo dos acusados. O objetivo era sequestrá-lo, pois ele receberia a quantia de R$ 1 milhão referente a um financiamento bancário. A vítima descobriu que seria sequestrada e foi até um dos mentores do crime, com quem teve uma discussão. Jadson foi atraído até a fazenda Alana por causa de dois animais supostamente doentes.

Por causa disso, levou o veterinário da Adepará, Manoel de Paulo Ribeiro Filho, de 41 anos. No local já estavam Samuel Santos Oliveira, de 35 anos, e Josué Francisco Assis Souza, de 38 anos, funcionários da fazenda, que também foram mortos. Eles foram executados após a tentativa de sequestro dar errado, quando o veterinário tentou reagir à abordagem dos criminosos.

Da Redação Fato Regional, com informações do G1 Pará