domingo, 22 de dezembro de 2024

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Quatro pessoas em trabalho análogo à escravidão são resgatadas de fazenda em São Félix do Xingu

Os trabalhadores que estavam construindo a ponte na Vicinal do 45, rumo ao distrito de Ladeira Vermelha, estavam sem equipamentos de segurança e expostos ao risco de acidentes, acomodados em instalações precárias e insalubres, como relatam os agentes públicos envolvidos no resgate. O adolescente estava na sede da fazenda, mas também trabalhando de forma irregular.
Os trabalhadores estavam executando obras de uma ponte próximo à fazenda e em condições inseguras (Foto: PRF)

Uma operação integrada de fiscalização de direitos trabalhistas resultou no resgate de quatro pessoas trabalhando em condições análogas à escravidão, em São Félix do Xingu, no Sul do Pará. A fiscalização ocorreu entre os dias 4 e 9 deste mês e teve os resultados divulgados nesta quinta-feira (12). As vítimas do trabalho degradante estavam construindo uma ponte, mas tendo vários direitos negados. Um adolescente foi encontrado na sede da propriedade rural, que fica na Vicinal do 45, na região do distrito de Ladeira Vermelha.

A operação “Eleutheria CXXXIV” contou com membros do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Defensora Pública da União (DPU) e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF). Ninguém foi preso, mas os responsáveis foram identificados. O objetivo foi garantir a retirada imediata dos trabalhadores explorados, assegurar seus direitos trabalhistas e oferecer assistência necessária.

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“O combate ao trabalho análogo à escravidão é fundamental para proteger os mais vulneráveis e responsabilizar os infratores. Operações como a Eleutheria CXXXIV também são essenciais para conscientizar a sociedade sobre a gravidade dessa violação de direitos humanos e reforçar a necessidade de ações contínuas e articuladas. Trabalho análogo à escravidão é crime e pode ser denunciado por qualquer cidadão. A colaboração da sociedade é crucial para erradicar essa prática no Brasil”, diz nota conjunta dos órgãos envolvidos.

As instalações dos trabalhadores eram insalubres, inseguras e fora de todos os padrões mínimos exigidos pela legislação trabalhista (Foto: PRF)

As ações que envolvem investigações federais costumam ser sigilosas e sem informações de suspeitos ou localidades específicas divulgadas. Pelas imagens, é possível ver instalações precárias, sem qualquer espécie de conforto mínimo e condições de higiene. Os trabalhadores que estava construindo a ponte estavam sem equipamentos de segurança adequados e expostos ao risco de acidentes.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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