sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Roda Viva: governador Helder Barbalho fala sobre COP 30, meio ambiente, mineração, segurança e educação na Amazônia

Na entrevista, Helder Barbalho também comentou sobre a desintrusão da Apyterewa, em São Félix do Xingu, e Marco Temporal das Terras Indígenas, avaliando também o desempenho do governo Lula
O governador Helder Barbalho também falou sobre o protagonismo do Brasil nas discussões ambientais globais e responsabilidade dos estados da Amazônia (Foto: Marco Santos / Agência Pará)

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), participou nesta segunda-feira (13), do “Roda Viva”, um dos mais antigos e conceituados programas de entrevista da TV brasileira. Em 2 horas, o chefe do executivo estadual falou sobre a gestão à frente de um dos estados que tem ganhado protagonismo global quando se fala em Amazônia e que será palco da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em 2025.

Na entrevista, Helder Barbalho afirmou que a COP 30 vai permitir um legado ambiental global e trazer avanços estruturais ao debate sobre a regularização do uso do solo, valorização da floresta viva e bioeconomia. “Do ponto de vista ambiental, o legado da COP, em Belém, será para o Brasil e para região Sul será global e vai permitir pela primeira vez inserirmos a discussão sobre qual é o papel da floresta na agenda das mudanças climáticas”, analisou.

“De fato, é uma grande oportunidade. Nós temos um desafio, mas certamente poder sediar o mais importante evento de discussões climáticas pela primeira vez na floresta, pela primeira vez na Amazônia. Isso deve ser visto como uma agenda prioritária para colocar o Brasil no protagonismo da diplomacia ambiental”, ponderou o governador.

O governador Helder Barbalho foi sabatinado sobre diversos temas no Roda Viva, como bioeconomia, meio ambiente, segurança, transição energética e COP 30 ao longo de duas horas (Foto: Marco Santos / Agência Pará)

 

Questionado sobre transição energética, Helder Barbalho disse que a Petrobras deve liderar o país no assunto, atuando de forma estratégica e financiando as ações de preservação da Amazônia. Também falou sobre a potencialidade petrolífera no litoral do Pará, rastreabilidade dos produtos da agropecuária e combate à violência no campo. E avaliou que a União retomou o diálogo e recolocou o país na diplomacia ambiental mundial, além de iniciar um período de retomada dos investimentos públicos mais robustos no desenvolvimento do país.

“Particularmente, no caso do Estado do Pará, preciso destacar isso: nós, hoje, estamos assistindo novamente obras do Governo Federal e não estamos mais sozinhos no enfrentamento aos crimes ambientais. Estão aí os resultados que colocam a redução real de 43% comparado ao mesmo período dos 11 meses com 2022. Há uma disposição de diálogo político e há uma previsibilidade para o Brasil. Estou muito esperançoso e acho que todos devemos apoiar e colaborar. Sendo que colaborar pode ser com críticas positivas e deve ser naquilo que você concorde reverberando para que o Brasil possa ser um país melhor”, ponderou o governador.

Segurança pública e vocação mineral do Pará

O governador Helder Barbalho foi indagado sofre a relação minério e desenvolvimento sustentável e reafirmou seu posicionamento em defesa da rastreabilidade da produção. “Quem comete crime ambiental e age com mineração ilegal tem que ser excluído do processo. Agora, não se pode bloquear uma atividade importante no Brasil por conta de uma parte que insiste com atividades ilegais ambientalmente e ilegais no campo da exploração”, afirmou.

Ao longo da entrevista, o governador Helder Barbalho respondeu a perguntas dos jornalistas no combate à criminalidade. Barbalho ponderou que tanto na área ambiental quanto na área urbana, o papel do Estado em ações repressivas é importante, estratégico e fundamental, mas também é necessário ofertar opções para qualificação e legalização na área ambiental e inclusão e cidadania no combate a criminalidade.

“Operamos uma estratégia de segurança pública para os centros urbanos e outra para os meios rurais. O Estado do Pará, em 2019, tinha 50 homicídios para cada 100 mil habitantes. Nós estamos fechando 2023 com 23 homicídios para 100 mil: uma redução de 50% das mortes violentas no Estado do Pará”, informou o governador justificando a restruturação da área da segurança pública com novos equipamentos e reforço dos efetivos.

“A presença da polícia é importante, mas nós compreendemos que só com polícia não vai adiante. E por isso criamos o que nós denominamos de Usinas da Paz, que é a presença de governo naquele território considerado como área vulnerabilidade. Esses espaços chegam para ofertar 70 tipos de serviço, com 36 órgãos do Governo atuando, e fazem uma profunda imersão naquele território. E os números que eu posso lhe apresentar, eu vou citar Belém, a capital do país. Belém, quando eu assumi o governo, era a capital mais violenta do Brasil. Agora, números do mês passado mostram Belém como a sétima capital mais segura do nosso país. Nós reduzimos 70% das mortes violentas. Por que? Porque nós implementamos os territórios pela paz”,’ analisou.

(Da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Pará)


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