quinta-feira, 18 de abril de 2024

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‘Safadinha, cadê as minhas fotos’, diz professor assediador de aluna de 12 anos

Polícia reúne provas para ouvir depoimento do docente de 52 anos que dá aulas na mesma escola da vítima
Mensagens enviadas pelo professor para o WhatsApp da adolescente (Arquivo Pessoal)

A mãe de uma menina de 12 anos vasculhava o celular da filha quando viu a mensagem: “Safadinha, cadê as minhas fotos”. O pior, tratava-se de um professor da escola em que filha estuda.

A mãe da adolescente, de posse das mensagens com conteúdo sexual enviadas pelo professor de 52 anos, procurou a Polícia Civil de Ariranha (SP) para registrar um boletim de ocorrência por assédio sexual. Segundo a mãe, as mensagens foram descobertas no sábado (5). No dia seguinte, ela foi à polícia.

“Fiquei com muito ódio. Me senti frustrada. Demorei para conseguir me acalmar. Hoje que estou um pouco mais tranquila e consegui comer e dormir, mas está sendo difícil”, afirma a dona de casa, que preferiu não ter a identidade revelada, ao G1.
Segundo o boletim de ocorrência, a menina estuda no 7º ano da Escola Estadual Gabriel Hernandes. Por meio das mensagens enviadas pelo WhatsApp, o professor “ a assedia, instiga e constrange, com o fim de com ela praticar ato libidinoso”, diz o BO.
A Diretoria Regional de Ensino de Catanduva afirma que, apesar do fato ter ocorrido fora do ambiente escolar, já tomou todas as providências necessárias.

O professor mandou mensagens de texto e também de áudio. Em um deles, o acusado diz para a menina ser discreta. “Eu sei meu amorzinho. Mas a gente tem que disfarçar um pouquinho, senão vai dar muita bandeira. Você quer me ver preso, é isso?”

“É difícil falar do assunto. Eu passo mal de relembrar. Ele roubou toda inocência da minha filha, que foi criada com todos os princípios cristãos. Não teve ato sexual. Tive conhecimento a tempo. Mas os áudios e as conversas são muito perversos”, disse a mãe da vítima.

O delegado responsável pelo caso, Gilberto César Costa, afirma que um inquérito policial foi aberto. “Ainda é muito cedo para concluirmos algo a respeito deste caso. Podem existir outros crimes. Então, tudo será objeto de investigação. Ainda não podemos formar um juízo acerca deste episódio e descobrir o que de fato aconteceu”, afirma Gilberto.
“O professor ainda não foi ouvido porque precisamos reunir provas contra. Tudo será apurado no decorrer do inquérito policial”, diz Gilberto.


“Eu não vou deixar minha filha voltar para escola enquanto souber que o professor não foi afastado ou preso”, diz a mãe da menina, que se reuniu com a direção do estabelecimento.

 

Fonte: Oliberal e G1