domingo, 19 de maio de 2024

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Começa segunda etapa da operação de desintrusão da Apyterewa

Após uma pausa estabelecida pelo Governo Federal, a operação determinada pelo STF recomeça para retirada de animais e construções que ainda restem na área, em São Félix do Xingu
A Apyterewa tem cerca de 774 mil hectares de extensão e um dos principais povoados é a Vila Renascer, onde se concentram a as ações da operação de desintrusão que visa retirar cerca de 2 mil famílias da área e destinar a 1 mil indígenas da etnia Parakanã (Foto: Wesley Costa / Fato Regional)

A desintrusão da Apyterewa foi retomada nesta quinta-feira (9), em São Félix do Xingu, no sul do Pará. O comunicado foi feito pela coordenação da operação, que foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A primeira fase, que consistia na notificação e saída voluntária de pessoas que viviam e trabalhavam na área, começou no dia 2 de outubro e foi pausada no dia 1º de novembro.

Nesta nova etapa, começam a valer medidas como aplicação de multas de até R$ 10 mil por dia e por pessoa que permanecer na área. E ainda, retirada forçada de gado e desmonte de imóveis não-indígenas. Todas as ações estão previstas, como informou a coordenação da operação, no plano de ação que foi homologado pelo STF.

“Esta etapa vai ser desenvolvida com a atuação de todo o efetivo que está nas bases montadas no território. A partir do trabalho de geoprocessamento, depois da primeira etapa concluída, ficou comprovado que os técnicos visitaram praticamente a totalidade das edificações em Apyterewa. E a estimativa é que 80% do gado que estava ilegalmente na terra indígena tenha sido retirado”, diz a nota.

Paralelamente, o deputado estadual Torrinho Torres (Podemos) começou a mobilizar esforços na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) para criar um mutirão de atendimentos, que possam mitigar o sofrimento das famílias que deixaram a Apyterewa. O movimento “SOS Apyterewa” foi lançado pelo parlamentar nesta semana.

A Apyterewa foi demarcada como área indígena da etnia Parakanã (1 mil pessoas) e tem cerca de 774 mil hectares de extensão. Toda a área será destinada à vivência exclusiva deles e à preservação ambiental. No local, viviam 2 mil famílias não-indígenas, como apontam associações e entidades. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) discorda do número, dizendo ser bem menor.

(Da Redação do Fato Regional)


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