A Polícia Civil deu um novo passo nas investigações sobre a morte de Maiane Oliveira, encontrada morta na casa dela no dia 10 de setembro do ano passado, em Redenção, no sul do Pará. Nesta quarta-feira (17), Jean Vieira da Silva, companheiro da vítima, foi preso preventivamente por suspeita de feminicídio majorado. Familiares da moça estiveram na sede das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher e no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deam/Deaca) em um ato cobrando justiça.
O caso até então estava sob sigilo, para que as investigações não fossem prejudicadas. A prisão de Jean foi comunicada por nota da Polícia Civil, mas que mantinha a identidade do suspeito preservada. “A Polícia Civil do Pará deu cumprimento a um mandado de prisão preventiva por feminicídio majorado, nesta quarta-feira (17). Após diligências, o homem foi localizado e preso na Rua Maria Benta Oliveira, situada no Bairro Jardim América. Conduzido à unidade policial para as providências cabíveis, o sujeito se encontra à disposição do Poder Judiciário”.
Maiane, de 33 anos, tinha uma filha de 3 anos com Jean, que está em segurança com a família dela. A moça fazia parte de uma família cristã e tinha 9 irmãs, que seguem lamentando a perda prematura, junto com o pai e a mãe. Antes da morte de Maiane, a família fez uma foto com todos reunidos e ela estava bem e feliz.
Ainda segundo as investigações, no dia do crime, vizinhos teriam ouvido Maiane gritar por socorro. Câmeras registraram ela correndo e saindo da casa assustada. A família ainda não sabe exatamente como a moça foi morta, pois esses detalhes não foram repassados. No entanto, o mandado de prisão preventiva por suspeita de feminicídio foi expedido após a perícia criminal, feita em Marabá, o que levou a Polícia Civil a formalizar as suspeitas contra Jean.
Há algum tempo, Maiane e Jean se separaram e ele a manteve em cárcere privado, como relatou uma familiar da moça que terá a identidade preservada. Maiane chegou a registrar ocorrência contra ele e se afastaram. Ele teria insistido para reatar o relacionamento e a moça o perdoou. Eles voltaram e então a família foi surpreendida com a morte dela.
O Fato Regional sempre abre espaço para a defesa dos mencionados em casos policiais — se os advogados ou envolvidos acharem conveniente quaisquer manifestações —, garantindo amplo direito ao contraditório.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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