segunda-feira, 13 de maio de 2024

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Tese do cachorro agredido como motivo para homicídio em Ourilândia do Norte não se sustenta, diz Polícia Civil

Além de explicar que a tese do cachorro não se sustentou nas investigações, a Polícia Civil destacou que o vigilante da Ciretran foi quem acionou a polícia assim que viu o crime sendo cometido
Nayn Kayron, pelos relatos e confissão, apresenta possíveis traços de psicopatia ou sociopatia que precisam ser analisados e possivelmente inventou a tese do cachorro agredido para justificar o crime (Foto: Divulgação)

Após Nayn Kayron Morais de Souza confessar que teria matado Gerson José de Bastos, em Ourilândia do Norte, na terça-feira (21), dois pontos do relato chamaram a atenção de quem acompanhou o caso: o suposto cachorro agredido, que seria a motivação do crime; e uma suposta omissão do vigilante da Circunscrição Regional de Trânsito do Detran (Ciretran). Nesta quinta-feira (23), o delegado Elioenai explicou esses detalhes ao Fato Regional e adiantou que a justificativa do suspeito não se sustentou.

Após a prisão e a confissão de Nayn Kayron, a equipe do delegado Elioenai seguiu investigando o caso. Em momento nenhum foram encontradas provas de que Gerson teria agredido um cachorro na rua e que teriam motivado o crime. Possivelmente, essa foi uma invenção do suspeito. O delegado também achou importante explicar que não houve omissão do vigilante da Ciretran, como muitas pessoas apontaram nas redes sociais.

“Há traços de psicopatia ou sociopatia nesse rapaz que precisam ser analisados. Por todas as imagens e relatos que colhemos, o que vemos é que não houve qualquer coisa que parecesse uma discussão entre eles. O Nayn Kayron abordou o Gerson, eles conversaram, foram fumar juntos e então tudo ocorreu. Essa tese do cachorro agredido não se sustenta. E quanto ao vigilante da Ciretran, é importante explicar que foi ele quem acionou a Polícia Militar quando viu o que estava ocorrendo. Ligou insistentemente. E a PM acionou a PC, por volta de 5h30. Não houve omissão”, disse o delegado.

Nayn Kayron segue preso. Ele foi autuado por homicídio triplamente qualificado, com os agravantes de motivo fútil, requintes de crueldade e dissimulação ou outros recursos que impeçam a defesa da vítima. As investigações sobre o caso continuam. O rapaz, de 18 anos, disse que não estava arrependido do crime e contou toda a dinâmica do crime com frieza e riqueza de detalhes. Inclusive dizendo que fez uma pausa para comer antes de dar o golpe final em Gerson com uma pedrada na cabeça.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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