No dia 28 de outubro, Gabrielle Souza Mota, de 25 anos, e o irmão dela, Andrey Pereira Mota, de 31 anos, foram mortos a tiros em Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará. Eles teriam sido vítimas de um possível latrocínio, quando saíam da feira agropecuária Expocanaã 2023. Um mês após o crime, cercado de elementos e linhas de investigação diversas, a mãe das vítimas divulgou um vídeo no qual pede justiça e mais celeridade na solução do caso.
“Tá fazendo 30 dias e eu vivo um descaso, sem resposta nenhuma sobre o que aconteceu, sem justiça. Peço ao governador, aos deputados estaduais, que me ajudem a descobrir quem matou minha filha. A Gabrielle era uma menina boa, trabalhadora, estudada, mãe e não merecia isso. Eu quero justiça”, disse a mãe das vítimas.
Gabrielle era engenheira na Vale. Ela morava m Canaã dos Carajás e deixou dois filhos. Andrey morava em Xinguara, no sul do estado. Horas antes de serem vitimados, postaram uma foto juntos. Testemunhas apontam que quando os irmãos saíram, foram abordados por dois homens numa moto, anunciando um assalto. Eles teriam exigido os celulares deles. Ainda no relato das testemunhas, Gabrielle, nervosa, teria deixado o aparelho cair e disse que iria pegar. Mesmo assim, um dos supostos assaltantes atirou contra ela e contra Andrey.
Os criminosos levaram somente o celular de Gabrielle. No entanto, um fato chamou a atenção: os pneus do carro estavam cortados e secos. Para as testemunhas e para a Polícia Civil, que não descarta nenhuma linha de investigação, é de que o crime poderia ter sido premeditado. Uma suspeita foi levantada por pessoas próximas a Gabrielle: um ex-companheiro dela poderia estar envolvido.
Andrey morreu ainda no local. Já Gabrielle foi socorrida, mas não resistiu. A Polícia Militar ainda tentou fazer buscas, porém, nenhum suspeito foi localizado. Por nota, a Polícia Civil informou que “…equipes da delegacia de Canaã dos Carajás trabalham para identificar os envolvidos no crime. A PC aguarda o resultado das perícias para auxiliar as investigações”.
Quaisquer informações que possam ajudar na solução do caso podem ser encaminhadas ao Disque-Denúncia (181). Se a informação for mais urgente, o ideal é ligar para o 190. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Também é possível mandar fotos, vídeos, áudios e localização para a atendente virtual Iara, pelo WhatsApp (91) 98115-9181. Não é necessário se identificar.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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