quinta-feira, 10 de outubro de 2024

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21 indiciados por fraude no concurso da Prefeitura de Parauapebas são denunciados pelo Ministério Público do Estado do Pará

O concurso foi suspenso pela própria prefeitura pouco depois das provas, em novembro de 2023, diante da descoberta de um suposto esquema de fraudes e que resultou na denúncia formal de 21 dos mais de 40 mil candidatos inscritos para o concurso que visava diminuir o déficit de servidores municipais
A Prefeitura de Parauapebas fez o concurso para atender a uma determinação judicial devido ao déficit de servidores públicos e suspendeu o certame (Foto: Jorge Clésio / Prefeitura de Parauapebas)

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) denunciou formalmente 21 pessoas já indiciadas por possíveis fraudes no concurso da Prefeitura de Parauapebas, realizado em novembro de 2023. O procedimento foi embasado na conclusão de inquérito policial instaurado delegado Gabriel Costa. O certame foi realizado para atender determinação judicial, após ação civil pública do MPPA, que havia detectado déficit de servidores públicos municipais.

As supostas fraudes teriam sido descobertas após uma candidata ser flagrada em Palmares, zona rural de Parauapebas, portando o gabarito da prova antes mesmo da realização do exame. A própria prefeitura suspendeu o concurso, que teve mais de 40 mil candidatos, inclusive muitos vindos de outros municípios e estados.

Informações recebidas pelo Disk-Denúncia (181), há registros de candidatos que teriam utilizado ponto eletrônico e relógios durante a aplicação das provas. Alguns candidatos relataram pagamentos de de R$ 1 mil a R$ 2 mil para utilizar o equipamento e recebera instruções prévias em reuniões.

Durante a investigação, a Fundação Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) forneceu os cartões respostas dos candidatos ao cargo de auxiliar administrativo e fiscal de vigilância sanitária, na qual foram observadas respostas idênticas da candidata descoberta em Palmares.

As denúncias do MPPA foram formalizadas ao Poder Judiciário pelos promotores de Justiça de Parauapebas Magdalena Jaguar (7ª Promotoria Criminal) e Alan Pierre Chaves Rocha (4ª PJ de Improbidade Administrativa).

(Da Redação do Fato Regional)


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