sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Quase 80% das famílias brasileiras estão endividadas em junho; Pará é o segundo estado com menos endividados

As famílias com o maior grau de endividamento são as que têm orçamento de 5 a 10 salários mínimos. Por outro lado, de modo geral, o total do orçamento comprometido caiu para 29,6%
O Pará é segundo estado com menor número de endividado do Brasil, mas a situação não é confortável (Marcello Casal Jr. / Agência Brasil)

Em junho, o percentual de famílias que reconhecem estar endividadas chegou a 78,5%. As que se consideram muito endividadas são 18,5% desse total. Outros 29,2% estão em atraso com os pagamentos. De cada 10 pessoas, 4 não chegaram a junho sem condições de pagar. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgados nesta terça-feira (11).

Desde janeiro de 2010, este é o maior volume da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Os dados são mensais. Pela primeira vez em quatro meses, a estabilidade do índice foi quebrada. A faixa de renda com maior endividamento está nas famílias com orçamento de 5 a 10 salários mínimos.

Por outro lado, a pesquisa mostrou que a parcela média de comprometimento da renda chegou ao menor percentual desde 2020: 29,6%. Pelos dados da CNC, o Pará é o segundo estado com menos endividados do país, com 62%. O estado com menor quantidade de endividados é o Mato Grosso do Sul (59,1%). O terceiro colocado é o Piauí, com 65%. O estado com pior índice é Minas Gerais, com 94,9%.

José Roberto Tadros, presidente da CNC, explica que a economia brasileira passa por um cenário de endividamento e inadimplência crescente. Isso atinge a capacidade de consumo das famílias. “O equilíbrio entre os objetivos de estabilidade de preços e o crescimento econômico é um desafio a ser perseguido e que será determinante para a retomada do desenvolvimento do País”, diz.

A economista Izis Ferreira, responsável pela pesquisa, ressalta evolução do mercado de trabalho e queda da inflação. Assim, a renda comprometida diminuiu. Porém, a economia e políticas públicas ainda não garantiram a capacidade de sanar completamente as dívidas das famílias.

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(Da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Brasil)

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