Os mais de 30 brasileiros que querem sair da Faixa de Gaza seguem sem perspectivas de quando vão poder cruzar a fronteira com o Egito. Israel, desde que bombardeou uma ambulância, não divulga listas de estrangeiros que poderão deixar o território palestino. A decisão final de autorizar a saída, como informou a Embaixada do Brasil em Israel, é do estado israelense. A administração da fronteira também é dividida com os Estados Unidos, a Arábia Saudita e o Catar. A fronteira foi reaberta na tarde desta segunda-feira (6).
Enquanto os bombardeios israelenses seguem, palestinos são obrigados a deixar tudo para trás e Israel segue nas incursões por terra que podem, definitivamente, anexar Gaza ao país. A Organização das Nações Unidas (ONU) — que apoiou a criação do estado de Israel e vem sendo atacada pelo país após críticas da entidade global às decisões militares do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu — alerta que alimentos básicos em Gaza podem acabar em três dias. O território já está com comunicações e energia cortadas e água limitada.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, informou que conversou com o ministro do Exterior de Israel, Eli Cohen, na última sexta-feira (3). O chanceler brasileiro disse que o ministro israelense deu garantias de que até esta quarta-feira (8) os brasileiros na Faixa de Gaza passariam pela fronteira com o Egito. No entanto, a última lista com nomes de estrangeiros que poderão sair de Gaza só foi publicada no sábado (4), com 599 nomes.
Nesta segunda-feira (6), o número de mortos no novo e cruel capítulo do dramático conflito entre Israel e o Hamas passou de 11 mil pessoas. A desproporção pode ser vista com o fato de que são 9.922 vítimas palestinas e 1.430 israelenses. O governo de Netanyahu segue negando todos os apelos mundiais — incluindo do governo brasileiro — por um cessar-fogo humanitário. Mulheres, crianças e idosos são as principais vítimas da guerra.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Brasil e do ICL Notícias)
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