A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) questionou a pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), que apontou que Cumaru do Norte e Floresta do Araguaia, no sul do Pará, são as cidades mais violentas da Amazônia. Na avaliação do governo, a metodologia da pesquisa pode induzir a erro. Em contrapartida, a violência no estado estaria diminuindo progressivamente.
A metodologia do FBSP, para medir a violência por crimes violentos letais — homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, latrocínio e morte por intervenção policial —, é uma taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes. Cumaru do Norte apresentou 128,5 mortes violentas para cada 100 mil pessoas. E Floresta do Araguaia 126,8.
André Costa, titular da Segup em exercício, pontuou que Floresta do Araguaia tem 17.898 habitantes, como aponta o Censo do IBGE. Seria quase um quinto da população que é estimada pela metodologia aplicada no estudo (100 mil habitantes), o que altera o resultado final do levantamento.
Em 2022, ressalta André, foram registrados seis homicídios no município de Floresta do Araguaia, cerca de 80% a menos em relação a 2021, quando foram registrados 30 casos. E assim, ele assegura: os registros mostram que o Pará continua reduzindo a criminalidade violenta pelo quinto ano consecutivo.
“Quando falamos em crimes violentos letais intencionais, o Pará segue com redução. Para isso, algumas ações foram realizadas para que a redução seja contínua. Por exemplo, o Programa Segurança por Todo Pará, onde há o deslocamento do efetivo de gestão estratégica da segurança pública para as regionais, e lá são discutidas as realidades locais e metodologias para enfrentamento, redução e controle da criminalidade”, diz André Costa, citando outras operações recorrentes.
A Segup garante que em todo o Pará, a redução foi de 65% nos crimes violentos letais intencionais no triênio 2020-2022. Em números absolutos, no primeiro triênio, de 2018 a 2020, foram registrados 9.333 crimes violentos letais. No segundo triênio, de 2020 a 2022, foram computados 7.159 casos. A taxa de mortes para cada 100 mil habitantes caiu de 38,3 para 29,4.
(Da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Pará)
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