sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Luciano Hang, dono da Havan, é condenado a pagar R$ 85 milhões por coagir funcionários a votarem em Bolsonaro

A ação é referente às eleições de 2018, quando Jair Bolsonaro venceu o petista Fernando Haddad na disputa pela presidência da República. O dono da rede de lojas Havan, declaradamente de direita e apoiador do ex-presidente, questionou a condenação e disse que o juiz 'seguiu a própria ideologia'
Luciano Hang é um declarado apoiador de Jair Bolsonaro e foi condenado pela Justiça do Trabalho por, segundo apurações do MPT, de coagir funcionários a votar no ex-presidente durante as eleições de 2018 (Foto: Alam Santos / Arquivo / Presidência da República)

O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, foi condenado a pagar uma multa de R$ 85 milhões por coagir os empregados a votarem em Jair Bolsonaro (à época do PSL), durante as eleições de 2018, quando derrotou o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). A condenação pela Justiça do Trabalho é resultado de uma ação civil movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Ainda cabe recurso.

O MPT apurou que na época das eleições 2018, os funcionários da Havan supostamente estavam sendo obrigados a responder pesquisas eleitorais ilegais, promovidas pela própria rede de lojas de Luciano Hang, que é declaradamente de direita e apoiador de Jair Bolsonaro (atualmente no PL). Ele, segundo as denúncias investigadas pelo órgão ministerial, eram ameaçados de demissão caso Haddad ganhasse. Havia pressões como dizer que as lojas fechariam.

O valor da multa imposta a Luciano Hang e à rede de lojas Havan foi calculada da seguinte forma:

  • Cada loja da Havan existente na época das eleições 2018, deve pegar R$ 500 mil por assédio eleitoral
  • Mais R$ 1 milhão por danos morais coletivos
  • R$ 1 mil para cada funcionário empregado até outubro de 2018 por danos morais individuais

Os valores ainda estão sujeitos a juros e correção monetária e isso pode fazer com que a multa ultrapasse a base estimada de R$ 85 milhões.

Em nota divulgada à imprensa, Luciano Hang disse que a condenação “É um total absurdo. Inclusive, na época dos acontecimentos foram feitas diversas perícias nomeadas pela própria Justiça do Trabalho e nada ficou comprovado, não houve irregularidades. O juiz deveria seguir as provas, o que não fez, seguiu a sua própria ideologia. Mais uma vez o empresário sendo colocado como bandido”. O empresário assegurou que à época que foi notificado do processo, fez vários ajustes e cumpriu recomendações judiciais.

(Da Redação do Fato Regional)


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