Nas 5 primeiras semanas de 2024, o Pará apresentou uma queda de 36,49% dos casos de dengue em comparação ao mesmo período de 2023: 409 registros confirmados da doença neste ano e 644 no ano anterior. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), que aponta também os municípios com mais casos confirmados: Monte Alegre (162), Belém (49) e Parauapebas (36).
Em 2023 também houve redução dos casos de dengue, se comparado ao total de registros consolidado pela Sespa em 2022: foram 4.485 casos no ano passado contra 4.926 casos no ano anterior. Isso mostra que o Pará vem na contramão da epidemia de dengue que vem preocupando o Brasil e até causando colapsos nas redes de saúde, como ocorreu no Distrito Federal (DF).
Por essa razão, a Sespa recomenda que toda a população siga mantendo todas as medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, o vetor da dengue e também das doenças Zika, Chikungunya e Mayaro.
“Com as chuvas intensas em mais um inverno amazônico, chamamos a atenção para a importância de as famílias manterem limpos quintais, jardins, interiores e arredores da casa, para evitar a proliferação do mosquito que também transmite a chikungunya, a febre de zika e mayaro”, disse a coordenadora estadual de Arboviroses, Aline Carneiro.
Quais os sinais e sintomas de suspeita de dengue e outras doenças do Aedes aegypti?
As manifestações clínicas da dengue, chikungunya e zika são muito parecidas. Por isso é importante prestar atenção aos principais sintomas da dengue são febre alta e de início imediato sempre presente, dores moderadas nas articulações, manchas vermelhas na pele e coceira leve. Muitas pessoas costumam relatar dores ao movimentar os olhos.
A chikungunya se manifesta com febre alta de início imediato, dores intensas nas articulações (às vezes com dificuldades de movimentação), manchas vermelhas nas primeiras 48 horas, coceira leve e vermelhidão nos olhos. Já a zika apresenta febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 24 horas, coceira de leve à intensa e vermelhidão nos olhos.
Diante desses sinais, é importante procurar uma unidade de saúde e não se automedicar antes da confirmação clínica. Para os órgãos de saúde pública, é importante ter registro formal dos casos para que medidas de prevenção e combate ao mosquito sejam tomadas com urgência.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Pará)
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