A Polícia Federal deflagrou a operação “Tempus Veritatis” nesta quinta-feira, 8 de fevereiro, que mira Jair Bolsonaro (PL), militares e aliados políticos do ex-presidente. A investigação é sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023, no qual uma turba insatisfeita com o resultado das eleições de 2022, tentaram dar início a uma tentativa de golpe de estado com a invasão e destruição da sede dos Três Poderes, em Brasília.
Entre os alvos da operação da Polícia Federal, estão o presidente do PL, partido ao qual Bolsonaro é filiado, Valdemar da Costa Neto. E pela primeira vez na história do Brasil, militares do alto escalão das Forças Armadas — que fizeram parte do governo do ex-presidente —foram alvos de uma investigação policial: general Augusto Heleno e general Braga Netto (vice de Bolsonaro nas eleições de 2022). O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, também foi alvo. Outro alvo foi o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.
Ao todo, a operação visa o cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão e cumprimentos de medidas cautelares. Algumas pessoas estavam com mandados de prisão determinados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que foram Felipe Martins — ex-assessor do governo Bolsonaro e que em um evento público fez um gesto supremacista e racista, apesar de negar —, coronel Marcelo Câmara (segurança particular do ex-presidente) e Rafael Martins de Oliveira (também militar). Outros alvos ainda não tiveram nomes confirmados pela PF.
Uma das medidas cautelares cumpridas foi a determinação de que Jair Bolsonaro entregue o passaporte dele. Há ainda determinações como proibição de contatos entre os alvos da operação que deve seguir ao longo do dia e embasar as investigações sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações do G1, da CNN e da Polícia Federal)
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