O delegado Geordan Fontenelle foi preso, na manhã desta quarta-feira (17), em Peixoto de Azevedo (MT). Ele foi delegado de Polícia Civil em Redenção, no Sul do Pará, e também foi candidato a vereador pelo Podemos no mesmo município em 2020. Ele foi um dos alvos da operação “Diaphtora”, da Polícia Civil do Mato Grosso, onde ele estava atuando. As investigações apontam que ele seria o suposto chefe de uma associação criminosa que envolvia advogados, garimpeiros e policiais.
As investigações começaram a partir de denúncias recebidas pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Mato Grosso. As informações deram início à investigação, que identificou o suposto envolvimento do delegado num esquema de vantagens indevidas, advocacia administrativa e assessoramento de segurança privada. O esquema ganhou o apelido de “Gabinete do Crime” pela imprensa mato-grossense. Geordan está em estágio probatório na PCMT após ser nomeado em 2021.
No esquema investigado pela Polícia Civil do Mato Grosso, o delegado Geordan e um investigador são suspeitos de solicitar pagamentos para liberação de bens apreendidos; de “diárias” para hospedar presos no alojamento da delegacia; e de cobrar pagamentos mensais para decidir sobre procedimentos criminais instaurados na delegacia de Peixoto de Azevedo. Além dos dois mandados de prisão, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e três medidas cautelares.
Nas redes sociais, Geordan ostentava uma vida de luxo, com viagens a outros países e bens diversos, além de mostrar o cotidiano do ofício policial. Ele já atuou na Polícia Civil de Goiás, na Polícia Civil do Distrito Federal e também foi professor de Direito Processual e Penal. Enquanto candidato a vereador, se autointitulava “Delegado do Povo”. Também tentou ser vereador por Peixoto de Azevedo, mas não foi eleito, assim como em Redenção.
O Fato Regional respeita o princípio da presunção de inocência e sempre abre espaço para a defesa dos mencionados em casos policiais — se os advogados ou envolvidos acharem conveniente quaisquer manifestações —, garantindo amplo direito ao contraditório.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da PCMT)
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