segunda-feira, 13 de maio de 2024

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Bolsonaro cogita uso da Força Nacional em atos contra o governo

O Palácio do Planalto tem receio de que manifestações em defesa da democracia e contra o governo cresçam, aumentando a pressão pelo impeachment do presidente
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Com o temor de que atos previstos para amanhã se transformem em grandes movimentos de rua contra seu governo, o presidente Jair Bolsonaro intensificou ontem as críticas aos manifestantes e discute até mesmo convocar a Força Nacional de Segurança Pública para atuar nos protestos.

Ao inaugurar um hospital de campanha em Águas Lindas de Goiás, cidade próxima a Brasília, Bolsonaro chamou novamente de “marginais” integrantes de grupos contrários ao seu governo.

O presidente também voltou a pedir que seus apoiadores não participem desses atos. “Que o outro lado que luta pela democracia, que quer o governo funcionando e quer um Brasil melhor e preza por sua liberdade, que não compareça às ruas nesses dias para que (…) a Força de Segurança, nossas forças estaduais, bem como a nossa (Polícia) Federal possam fazer seu devido trabalho, (se) porventura esses marginais extrapolarem os limites da lei”, afirmou Bolsonaro.

Como mostrou o jornal Estado de S. Paulo, o Palácio do Planalto tem receio de que manifestações em defesa da democracia e contra o governo cresçam, aumentando a pressão pelo impeachment do presidente.

Ao criticar os protestos, Bolsonaro também tenta criminalizar os movimentos. Nos últimos dias, ele tem classificado os manifestantes contra o governo não apenas de “marginais”, mas também de “terroristas” e “viciados”.

Se a presença da Força Nacional for autorizada, não será a primeira vez que esse contingente vai atuar sob a gestão Bolsonaro. Em maio do ano passado, por exemplo, os agentes acompanharam atos na Esplanada. A função da Força neste tipo de missão é a de proteção do patrimônio público, para evitar que haja depredações de prédios de ministérios.

Bolsonaro recebeu ontem um grupo de líderes evangélicos que oraram, no Planalto, contra a “baderna” e o “quebra-quebra” e pregaram a harmonia entre os Poderes. Sem citar os pedidos de impeachment para afastar Bolsonaro, os religiosos se manifestaram contra a “convulsão social e institucional” e disseram que é Deus quem escolhe e retira as autoridades públicas.


“O povo brasileiro é um povo pacífico, não é povo de quebra-quebra, nem de baderna. A marca do povo brasileiro é o povo do verde e amarelo”, disse o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, um antigo aliado e apoiador do presidente. “Esse País não vai ser Venezuela, não vai ser destruído por ninguém. Esse País não vai falir.”

 

 

Fonte: Agência Estado