domingo, 24 de novembro de 2024

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Bolsonaro, militares e assessores do ex-presidente são alvos de operação da Polícia Federal em investigação sobre 8 de janeiro de 2023

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi obrigado a entregar o passaporte dele na operação 'Tempus Veritatis', da Polícia Federal. Esta foi a primeira vez na história que generais de quatro estrelas foram alvo de uma investigação policial. O presidente do partido ao qual o Bolsonaro é filiado, o PL, Valdemar da Costa Neto, também é alvo. Ex-assessores e ministros de governo também são alvos e alguns foram presos nesta quinta-feira, 8 de fevereiro.
Jair Bolsonaro é investigado pela operação 'Tempus Veritatis' - ou tempo da verdade, em latim - que investiga os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023, no qual foram feitas prisões e cumpridos mandados de busca e apreensão contra militares e políticos ligados ao ex-presidente. O passaporte dele foi apreendido (Foto: Marcos Corrêa / PR / Arquivo)

A Polícia Federal deflagrou a operação “Tempus Veritatis” nesta quinta-feira, 8 de fevereiro, que mira Jair Bolsonaro (PL), militares e aliados políticos do ex-presidente. A investigação é sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023, no qual uma turba insatisfeita com o resultado das eleições de 2022, tentaram dar início a uma tentativa de golpe de estado com a invasão e destruição da sede dos Três Poderes, em Brasília.

Entre os alvos da operação da Polícia Federal, estão o presidente do PL, partido ao qual Bolsonaro é filiado, Valdemar da Costa Neto. E pela primeira vez na história do Brasil, militares do alto escalão das Forças Armadas — que fizeram parte do governo do ex-presidente —foram alvos de uma investigação policial: general Augusto Heleno e general Braga Netto (vice de Bolsonaro nas eleições de 2022). O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, também foi alvo. Outro alvo foi o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

Ao todo, a operação visa o cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão e cumprimentos de medidas cautelares. Algumas pessoas estavam com mandados de prisão determinados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que foram Felipe Martins — ex-assessor do governo Bolsonaro e que em um evento público fez um gesto supremacista e racista, apesar de negar —, coronel Marcelo Câmara (segurança particular do ex-presidente) e Rafael Martins de Oliveira (também militar). Outros alvos ainda não tiveram nomes confirmados pela PF.

Uma das medidas cautelares cumpridas foi a determinação de que Jair Bolsonaro entregue o passaporte dele. Há ainda determinações como proibição de contatos entre os alvos da operação que deve seguir ao longo do dia e embasar as investigações sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações do G1, da CNN e da Polícia Federal)


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