O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é alvo de uma operação da Polícia Federal nesta segunda-feira (29). A informação é do blog da Andreia Sadi. A ação faz parte da investigação sobre um suposto esquema de espionagem usando a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo passado.
A Polícia Federal está cumprindo mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas que, segundo as investigações, seriam destinatárias das informações ilegais. Um dos alvos é a Câmara Municipal do Rio de Janeiro e a casa de Carlos Bolsonaro. Além do parlamentar, assessores do vereador também seriam alvos da operação.
A ação desta segunda-feira contra o filho de Jair Bolsonaro é desdobramento da operação da Polícia Federal na última quinta-feira (25), autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal federal (STF). A investigação aponta que o ex-diretor da Abin durante o governo de Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem, usou o órgão para fazer espionagem ilegal a favor da família do ex-presidente.
Operação da PF que tem filho de Bolsonaro como alvo visa desaritcular “Organização Criminosa que se instalou na Abin”
Por nota, a Polícia Federal informou que “…cumpre, na manhã desta segunda-feira (29/1), novos mandados de busca e apreensão em continuidade à Operação Vigilância Aproximada, deflagrada na última quinta-feira. O objetivo é investigar organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial”.
Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão nos seguintes locais:
- 1 em Angra dos Reis (RJ)
- 5 no Rio de Janeiro (RJ)
- 1 em Brasília (DF)
- 1 em Formosa (GO)
- 1 em Salvador (BA)
“Nesta nova etapa, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas. Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público”, diz a nota da PF.
Por fim, a PF disse que “Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei”.
(Da Redação do Fato Regional)
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