quinta-feira, 9 de maio de 2024

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Suspeito de incitar atos de violência na terra indígena Ituna-Itatá é preso pela Polícia Federal

O suspeito teria agido para impedir o avanço da operação de combate ao desmatamento na terra indígena, que fica entre Altamira e Senador José Porfírio, ao promover destruição de pontes das comunidades e ataques a viaturas dos órgãos públicos. O alvo foi capturado na casa da namorada, em Marabá.
O suspeito teria incitado atos que prejudicaram as comunidades, como a destruição de uma ponte (Foto: Divulgação / Polícia Federal)

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (25), um suspeito de ter incitado atos violentos para tentar impedir agentes públicos de conduzir, em setembro de 2023, uma operação contra o desmatamento na Terra Indígena Ituna-Itatá, entre os municípios de Senador José Porfírio e Altamira, sudoeste do Pará. O alvo foi capturado na casa da namorada dele, em Marabá. À época, os alvos da operação destruíram pontes de madeira e atearam fogo numa viatura da Adepará.

O suspeito estava foragido desde a operação ‘Contragolpe’, da PF, que em setembro de 2023, tentava dar uma resposta aos atos contra a operação na Terra Indígena Ituna-Itatá. “Após as investigações apontarem que ele estava morando na casa da namorada, em Marabá, o Grupo de Capturas da Delegacia de Polícia Federal na cidade realizou a prisão, com base em mandado de prisão preventiva que veio da Justiça Federal, 1ª Região”, informou a corporação, por nota divulgada nesta sexta-feira (26).

Uma viatura da Adepará foi destruída pelos alvos da operação que tentava impedir o avanço do desmatamento na terra indígena Ituna-Itatá (Foto: Divulgação / Polícia Federal)

As investigações da Polícia Federal apontaram que o suspeito usava o WhatsApp para enviar áudios para diversos grupos de moradores da Vila Mocotó, na região da TI Ituna-Itatá, para, segundo a PF, “…incitar explicitamente a prática de atos de violência e ilegalidade, tais como a derrubada de pontes, depredação de bens públicos e confrontos violentos com agentes de segurança”. O homem já está à disposição do Poder Judiciário e as investigações seguem.

Desde a publicação de uma portaria em 2011, o acesso e trânsito de não-indígenas é restrito na TI Ituna-Itatá. No entanto, a PF identificou vários focos de desmatamento e foi quando, em setembro do ano passado, deflagrou a operação que teve forte resistência de alvos investigados pelosa crimes ambientais. Os atos criminosos prejudicaram a comunidade ao destruir as pontes usadas pela população.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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