No dia 11 de março, Kelver de Miranda dos Santos, de 31 anos, deixou o filho numa creche de Campo Grande (MS). Seria um dia comum, se não fosse o fato de uma menina negra, de 4 anos, ter abraçado o filho dele. A reação do homem foi invadir a instituição, agredir a criança, gritar com ela e agredir a diretora da escola municipal Professora Iracema de Souza Mendonça, uma mulher de 69 anos. Ele foi preso no dia seguinte.
Consta no boletim de ocorrência que ele dizia ao filho para bater caso a coleguinha voltasse a se aproximar dele. Após o caso vir à tona e ele ser preso, conhecidos de Kelver expuseram um comportamento recorrente dele nas redes sociais: publicações de cunho racista, apologia ao nazismo e apoio a Jair Bolsonaro (PL). Durante as eleições de 2018, ele fez publicações incitando ataques contra eleitores de Fernando Haddad (PT), além de compartilhar publicações de cunho violento.
Numa das publicações que chamou a atenção após a prisão dele — que não foi removida das plataformas pelas empresas donas das redes digitais —, o ex-presidente era ligado diretamente a conceitos racistas: “Morte à negrada / Bolsonaro presidente”, com imagens de uma arma e de uma suástica nazista. Kelver dizia estar fazendo uma denúncia contra “petistas” que estariam “trapaceando” e “caluniando” o então candidato. Porém, conhecidos dele e as investigações apontam que, supostamente, esse seria exatamente o comportamento dele.
(Da Redação do Fato Regional)
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