A EroBrasil, uma das maiores mineradoras especializadas em cobre no mundo e no caminho para se tornar a segunda maior do Brasil, obteve a licença de operação para o empreendimento em Tucumã, no Sul do Pará. Com previsão de início em junho deste ano, a operação no município vai produzir 55 mil toneladas de cobre por ano. Isso equivale a 50% da capacidade máxima da empresa.
Em entrevista exclusiva ao Fato Regional, Eduardo de Come, CEO da EroBrasil, avalia que o Pará tem potencial para se tornar um dos maiores polos produtores de cobre do mundo. O mercado está favorável para o minério que tem muitas aplicações diferentes. Em breve, a mineradora será uma grande contribuinte para Tucumã, para o estado do Pará e para o Brasil. Confira a entrevista completa e na íntegra:
FATO REGIONAL: Comece explicando um pouco sobre a EroBrasil e histórico no Brasil.
EDUARDO DE COME, CEO DA EROBRASIL: A EroCopper (ERO) é uma empresa canadense. Em 2016, comprou um projeto de cobre que, literalmente, estava embaixo d´água na Bahia e é bem antiga, que já tinha 40 anos em operação. A empresa acreditou no potencial da mineração aqui no Brasil, investiu e continua investindo. Foi adquirida uma mina de ouro de pequeno porte no Mato Grosso e então esse projeto de cobre no Pará, que estava parado desde 2008. A EroCopper tem ações negociadas na Bolsa de Toronto (Canadá) e Nova Iorque (EUA). Agora nossos investidores também sabem onde ficam o Pará, o Mato Grosso e a Bahia. E estamos apenas no começo da jornada.
FR: Qual o status atual do empreendimento da EroBrasil em Tucumã?
EDUARDO: Estamos na etapa final da implementação e construção do empreendimento e na fase final de comissionamento de equipamento, que já estão no Brasil. Nosso plano é iniciar as operações a partir de junho de 2024. E assim que a operação em Tucumã iniciar, chegaremos ao posto de segunda maior produtora de cobre do Brasil, produzindo 110 mil toneladas de cobre por ano, ficando apenas atrás da Vale. Tucumã vai responder por 50% da nossa produção.
FR: Um dos principais questionamentos — e também expectativas — acerca de empreendimento de mineração é a geração de empregos, compensações e aquecimento da economia. Quais as projeções nesse sentido para Tucumã?
EDUARDO: Nossos investimentos em Tucumã chegaram a US$ 310 milhões (mais de R$ 1,55 bilhão) e no pico da construção chegamos a ter mais de 2,5 mil colaboradores empregados, Estimamos que com o início da operação, serão mais de 1,2 mil empregos, entre funcionários próprios e terceirizados. Acredito que nesses dois anos pudemos desmistificar imagem de que a mineração não é boa para comunidades. Desenvolvemos uma parceria muito positiva com a Prefeitura de Tucumã com obras e cooperação na solução de algumas demandas, além de projetos sociais nas mais diferentes áreas e comunidades. Nossa expectativa é continuar, fortalecer e ampliar essas parcerias.
FR: Qual legado a EroBrasil pretende deixar no Pará?
EDUARDO: O Pará tem tudo para ser um dos grandes polos de produção de cobre do mundo. Por isso, queremos continuar investindo no Pará, ampliar nossa mina em Tucumã e não vamos medir esforços para fazer valer a confiança de quem acreditou na EroBrasil, acolheu e investiu. Nossos projetos ainda têm muitos desafios pela frente e garantimos nosso compromisso de contribuir com Tucumã, com o Pará e com o Brasil. Mas não queremos crescer sozinhos. Por isso agradecemos a comunidade de Tucumã e dos locais onde atuamos peço que continuem contando conosco sempre.
(Victor Furtado e Wesley Costa, da Redação do Fato Regional)
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