Um homem foi preso em Xinguara, no sul do Pará, por suspeita de furtar uma porção de 54 gramas de cálculo biliar bovino. O produto também é conhecido como “pedra de boi” ou “pedra de fel bovino”. O suspeito era funcionário de um frigorífico e sabia que a substância tem alto valor no mercado internacional, mesmo em poucas quantidades.
A Polícia Civil foi acionada para lidar com a suspeita do furto. A informação foi divulgada pela própria corporação, que não deu detalhes sobre como ocorreu a abordagem. No entanto, após identificar o autor do furto, encontrou as pedras de boi na casa dele. Pelas investigações, o homem usou o trabalho no frigorífico para ter acesso ao produto. O caso ocorreu no dia 1º de novembro.
Numa busca em sites de compra e venda de produtos e subprodutos agropecuários nesta segunda-feira (6), os cálculos biliares bovinos têm preços que chegam a até R$ 200 por grama. Dependendo do momento, em outras ocasiões, um quilo das pedras de boi já chegou a custar R$ 400 mil. O material é utilizado na fabricação de medicamentos e indução de formação de pérolas em ostras. Na China, também há tratamentos alternativos para diversas doenças usando o produto.
Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o material começou a ser mais discutido após o presidente dizer que era “dinheiro jogado fora” devido à falta de estímulo para exportar ou beneficiar as pedras no Brasil. No entanto, a coleta dos cálculos biliares bovinos necessitam de gado com uma certa idade e geralmente são necessários muitos abates até formar uma quantidade significativa e com qualidade.
(Da Redação do Fato Regional)
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