sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Polícia Civil prende três suspeitos de amarrar e matar homem na zona rural de Cumaru do Norte; vítima implorou para viver

Ronaldo Alves Moreira teve os pés e mãos amarrados antes de ser executado com um tiro na cabeça e implorar para não morrer. Carlos Gaspar Ribeiro da Silva ("Carlão"), Washington Amaro dos Santos e Francisco Assis dos Santos ("Alagoano") foram presos e dois deles confessaram o crime porque, supostamente, a vítima teria furtado um celular
Carlos, Francisco e Washington foram presos por suspeita de fazerem 'justiça com as próprias mãos' ao invés de seguirem a legislação. Os três foram autuados por homicídio qualificado contra Ronaldo, que implorou para não ser morto, como um deles relatou (Foto: Polícia Civil)

Na noite de domingo (24), Ronaldo Alves Moreira, de 33 anos, foi amarrado e morto na margem da vicinal da Colônia União, zona rural de Cumaru do Norte, região Sul do Pará. Na cabeça do rapaz, havia um ferimento por arma de fogo. E graças a denúncias anônimas, os três principais suspeitos do crime — dois deles confessaram — foram presos nesta segunda-feira (25), horas após o corpo ter sido encontrado por moradores da área. Tudo teria ocorrido por um suposto furto de celular. A vítima implorou para não morrer.

Os suspeitos foram identificados como Carlos Gaspar Ribeiro da Silva (conhecido como “Carlão”), Washington Amaro dos Santos e Francisco Assis dos Santos (conhecido pelo apelido de “Alagoano”). Uma das testemunhas que fez a denúncia relatou ter ouvido uma briga por causa de um celular. Com medo, se escondeu numa área de mata próxima e acabou ouvindo o tiro. Com medo de sair, ficou mais de 3 horas escondido.

Washington foi o primeiro a ser preso, que disse que Carlão foi quem atirou em Ronaldo. Em seguida, Carlos foi localizado e preso e confessou que Washington e Francisco o ajudaram a amarrar a vítima e então retirar o corpo do local da execução. Depois Francisco foi preso. Aos policiais, o trio então disse que tudo teria ocorrido porque Ronaldo, supostamente, teria furtado o celular de Washington. Ao invés de registrarem a ocorrência junto à Polícia Civil, preferiram “fazer justiça” com as próprias mãos.

Por conta do “levante justiceiro”, Carlos, Washington (que por enquanto vai seguir sem celular) e Francisco foram autuados por homicídio qualificado. A arma de fogo utilizada no crime foi apresentada e passará por perícia. O trio está à disposição do Poder Judiciário.

O Fato Regional respeita o princípio da presunção de inocência e sempre abre espaço para a defesa dos mencionados em casos policiais — se os advogados ou envolvidos acharem conveniente quaisquer manifestações —, garantindo amplo direito ao contraditório.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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